Coimbra

Câmara da Mealhada diz que Índice de Transparência Municipal é uma falácia

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 21-02-2017

A Câmara Municipal da Mealhada condenou hoje, em reunião do Executivo, as metodologias seguidas pela Transparência e Integridade – Associação Cívica, que publica anualmente o Índice de Transparência Municipal (ITM).

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O referido índice, que supostamente mede o grau de transparência das câmaras municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus websites, remete o Município da Mealhada para o 180º lugar, mas, segundo a análise de diversos serviços da referida autarquia, esta qualificação não teve em conta a informação enviada para a própria associação.

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Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, explicou a toda a vereação que a autarquia exerceu o direito de contraditório, em tempo útil, mas recebeu a resposta daquela associação de que não iria rever a classificação.

“Ou seja, tiveram em conta zero relativamente à informação que lhe foi enviada”, sublinhou o autarca, sem esconder a sua estupefação e indignação, explicando que a equipa que fez esta avaliação “chega ao ridículo” de não pontuar positivamente a Câmara da Mealhada por esta não enviar o relatório de dívidas a terceiros e empréstimos no final do ano. “Se não temos quaisquer dívidas e enviámos para lá esta informação, ainda assim fomos penalizados, o que demonstra a falta de rigor desta análise”, disse Rui Marqueiro.

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O autarca sublinhou que ao relacionar este índice com questões de corrupção estão a prejudicar todos os profissionais da Câmara e, de uma forma geral, todo o Município. E lamentou que a coligação “Juntos Pelo Concelho” tenha aproveitado esta questão para vir a público “tecer comentários sem o mínimo de fundamento, desprovidos de rigor, com o intuito de atingir politicamente o Executivo e prejudicar o bom nome do concelho, sem sequer questionar os dados apresentados”.

O município da Mealhada ocupa a posição 180 (em 308) deste  Índice de Transparência Municipal

Os vereadores da coligação demarcaram-se dessas tomadas de posição públicas, feitas em nome da coligação “Juntos Pelo Concelho”, mostrando-se admirados e referindo mesmo que não tiveram conhecimento das mesmas. “Quem escreve pelo Juntos Pelo Concelho devia trocar opiniões, pelo menos, antes de o fazer”, referiu o vereador João José Seabra, mostrando-se desconfortável e assegurando não se rever neste tipo de comportamento. “Se houve esse aproveitamento não partiu de nenhum de nós. Não gostamos de ser conotados com atitudes de menos lisura”, afirmou, algo incomodado, Gonçalo Louzada, reafirmando uma postura de coerência e cooperação que tem mantido desde o início do mandato com o restante Executivo.

O Executivo Municipal estranhou ainda que uma associação que se diz pugnar pela transparência não apresente, no seu site, relatórios de contas para além de 2014, quando a autarquia já tem disponibilizados os de 2016, e apele a donativos monetários, no seu website, o que poderá comprometer a sua independência.

 

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