Câmara da Lousã proíbe caça na Zona Municipal

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 27-10-2017

 A caça está proibida na presente época venatória na Zona de Caça Municipal da Lousã, em consequência dos últimos incêndios, anunciou hoje a autarquia em comunicado.

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“Como forma de salvaguardar o património cinegético” neste município do distrito de Coimbra, a autarquia liderada por Luís Antunes “proibiu o exercício da caça na presente época venatória em toda a Zona de Caça Municipal”, da qual é a entidade gestora.

Por outro lado, segundo a nota, “será alvo de análise, em momento oportuno, a abertura da caça às espécies migratórias por processo de espera”.

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“Logo que possível, iremos iniciar o processo de devolução do valor pago pelas autorizações de caça não utilizadas”, adianta.

A Zona de Caça Municipal da Lousã “corresponde a grande parte da área ardida” no concelho, no dias 15 e 16, disse à agência Lusa o vereador Ricardo Fernandes, responsável pelas áreas da caça, florestas e proteção civil, entre outras.

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No concelho, segundo Ricardo Fernandes, existem mais duas zonas de caça: uma de âmbito nacional, “que nunca abriu”, nas zonas mais altas da Serra da Lousã, criada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e uma Zona de Caça Turística, que o conselho diretivo dos baldios de Vilarinho concessionou à empresa Serra Caça.

Também hoje, a Câmara da Lousã anunciou que as famílias das zonas do concelho atingidas pelos incêndios pagarão a água da rede pública de acordo com a média dos consumos no último ano.

A medida visa “não prejudicar os consumidores pelo eventual consumo excessivo efetuado na defesa de pessoas e bens”, com o município a “fazer refletir na fatura a média dos últimos 12 meses”.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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