Já ouviu, literalmente, o que é o bruxismo? É o movimento dos dentes a apertar ou ranger involuntariamente e não tem cura, mas há recursos que o podem ajudar.
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O bruxismo é um que pode trazer consequências para a saúde e bem-estar de quem sofre desta perturbação que se caracteriza “pela contratura inconsciente e involuntária da musculatura mastigatória, podendo resultar num movimento de apertar ou ranger os dentes. Normalmente, o bruxismo manifesta-se durante o sono ou em períodos de vigília, apresentando uma prevalência de 8%, entre adultos, e de 20%, entre crianças. Fique a saber mais”, segundo revela a Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.
O bruxismo é uma parafunção que corresponde a uma atividade da musculatura mastigatória mais intensa e frequente do que é normal. Essa contratura muscular excessiva pode acontecer, mesmo sem os dentes entrarem em contacto entre si, como explica aquela Sociedade.
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Manifesta-se mais nos doentes com Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e com perturbações do sono. No caso em concreto do SAOS, o bruxismo surge como um mecanismo de defesa fisiológico que pretende contrariar a obstrução da via área superior.
É uma doença com múltiplas causas e fatores relacionados, nomeadamente alterações morfológicas (10%), psicoemocionais (20%) e patofisiológicas (70%).
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Entre as patofisiológicas (as mais recorrentes), destacam-se perturbações do sono, SAOS, fatores neuroquímicos, medicação e drogas, tabaco, álcool, traumas e doenças do foro do Sistema Nervoso Central (SNC) e genética, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.
Quanto às consequências, as mais frequentes envolvem o desgaste dentário, fratura de e dentárias, fracasso de próteses, trauma oclusal com mobilidade dentária. Além disso, esta perturbação provoca uma fadiga muscular generalizada.
O diagnóstico muitas vezes é feito por terceiros que se apercebem do som do ranger dos dentes, durante o sono do doente. Contudo, também há casos em que é o próprio paciente a aperceber-se ou é o dentista que dá o alerta, através de danos na dentição.
Segundo aquele órgão, há um exame de referência que deve ser feito, a polissonografia, “um exame específico para a exploração das patologias do sono. Se as suspeitas forem confirmadas, é necessário proceder a uma intervenção preventiva e/ou interventiva. Todavia, para haver um diagnóstico exato e fidedigno, é necessário realizar um inquérito ao doente; ouvir o relato de terceiros e proceder à observação clínica de sinais e sintomas.”
O bruxismo não tem tratamento. Ainda assim, pode haver formas de atenuar as consequências do distúrbio, como é o caso das goteiras oclusais que são “placas de acrílico rígidas, que cobrem totalmente uma das arcadas dentárias (maxilar ou mandibular), e que são interpostas entre ambas as arcadas. Vão auxiliar, sobretudo, na proteção dentária, evitando o seu desgaste. Além disso, também ajudam a diminuir a frequência e intensidade da atividade muscular, reduzindo a sobrecarga e a fadiga muscular inerentes a esta patologia”, como informa aquela Sociedade.
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