Coimbra

Bora lá para o Iraque?

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 19-02-2014

 O embaixador iraquiano em Portugal disse hoje, em Coimbra, que se reuniu com o reitor da Universidade de Coimbra para procurar estabelecer um acordo de cooperação entre universidades iraquianas e aquela instituição portuguesa.

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O embaixador Hussain Sinjari disse acreditar que a parceria pode ficar ativa já em 2015, de forma a estabelecer uma rede entre as universidades dos dois países, que apostasse “na investigação e no trabalho académico”.

O Iraque “tem alguns milhões de dólares disponíveis no orçamento para bolsas de doutoramento de estudantes iraquianos em universidades europeias”, explicou o embaixador iraquiano, referindo que gostariam de ter uma colaboração, também nessa área, com a Universidade de Coimbra (UC).

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Segundo Hussain Sinjari, “o reitor convidou os dois ministros de educação do Iraque e do Governo Regional do Curdistão” para se avançar com um acordo.

“Precisamos de colaboração na área do petróleo, agricultura, ambiente, energias alternativas, mas depois de tantos anos de guerra, e com tanta infraestrutura destruída, acabamos por precisar de tudo”, avançou.

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O embaixador iraquiano falava à margem da apresentação do projeto arqueológico “Kanie Shaie”, que está a ser desenvolvido por André Tomé e Ricardo Cabral, da Universidade de Coimbra, desde setembro de 2013, no Curdistão iraquiano.

André Tomé, que informou que em setembro de 2014 a equipa da UC vai voltar ao local, explicou que o projeto foi desenvolvido no Curdistão, por ser “uma região que ainda não tinha sido investigada”, procurando-se perceber e conhecer “o que fariam as pessoas que ali viviam”.

O projeto arqueológico, desenvolvido no Vale de Bazian, procura “tapar um buraco na investigação feita na Mesopotâmia”, tendo sido descobertas uma sepultura e cerâmica com características “únicas” e “enigmáticas”, explanou André Tomé.

Contudo, a descoberta que mais entusiasmou a equipa de investigação da UC foi um objeto que pode “estar associado a uma espécie de recibo ou a uma forma de contagem”, onde é visível “um barco com veados e um homem”, referiu.

André Tomé contou ainda que poderá ser possível descobrir “uma ocupação neolítica”, em futuras escavações.

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