Política

BE defende “cuidado especial” na vacinação de profissionais das escolas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 08-03-2021

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje “necessário olhar com especial cuidado” para o processo de vacinação contra a covid-19 dos profissionais das escolas, por ser um dos primeiros setores a iniciar o desconfinamento.

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“Sendo a vacina eficaz, é muito necessária a todos os setores que desconfinam. Desse ponto de vista, há um setor que, não sendo onde existam propriamente surtos, ao contrário dos lares de idosos, onde existiram muitos surtos, mas que é necessário olhar com especial cuidado, e falo das escolas”, afirmou Catarina Martins.

A coordenadora do BR, que falava aos jornalistas em Viana do Castelo, no final de uma reunião com técnicos de radiologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), disse que “uma vez vacinados os profissionais de saúde, que estão na linha da frente, a reabertura das escolas também levaria a um cuidado especial”.

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“Não só com os professores e as professoras como todo o pessoal, nomeadamente, tantos e tantas que fazem parte dos grupos de risco”, referiu.

“O corpo docente em Portugal está muito envelhecido e não só. Os profissionais das escolas são dos mais envelhecidos do país. Sendo certo que a escolas não foram um foco de risco, não é menos verdade que os profissionais que estão todos os dias nas escolas estão expostos a riscos. E havendo tanta gente que faz parte desses grupos em que é preciso ter mais cuidado, naturalmente que a sua vacinação é importante para que as escolas possam reabrir com segurança”, reforçou a coordenadora do BE.

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Catarina Martins lembrou ainda outro apelo que o partido já tinha feito antes do início do ano letivo 2020/2021.

“A nossa escolha não tem de ser, não deve ser, entre fechar as escolas completamente ou ter as escolas abertas como se não existisse pandemia. É possível e devia ter sido feito, dividir mais os grupos de alunos, as turmas, contratar mais pessoal docente e não docente, para utilizar espaços mais amplos e com isso proteger a saúde de todas pessoas”, especificou.

Para a coordenadora do BE, trata-se de “um esforço de investimento que deve ser feito entre o Governo e as autarquias”.

“O facto de o Governo adiar permanentemente os investimentos fundamentais, também nas escolas, revela-se depois um problema nas decisões que tem de ser tomadas de desconfinamento. É o apelo que fazemos é que não se adiem mais. As escolas precisam seguramente dos testes. Propusemo-los durante tantos meses. Finalmente, parece que vai para a frente, mas precisam de mais pessoal docente e não docente e mais de condições para responderem a este momento tão complicado”, acrescentou.

Questionada sobre o modelo de desconfinamento que defende para o país, Catarina Martins disse que “não há nenhum plano oficial”.

“Tenho ouvido muitos comentadores a dizerem o que acham que vai acontecer. Respeito a opinião de cada um e de cada uma, mas pronunciar-me-ei sobre programas oficiais de desconfinamento”, frisou.

Catarina Martins chamou a atenção para dois aspetos que considerou “fundamentais” e que se prendem com as condições sociais e económicas do país e com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No primeiro caso alertou para a “forma como se devem proteger as pessoas, quem perde o rendimento, e o próprio emprego”.

“O desconfinamento será necessariamente lento e, portanto, as medidas de apoio económico, social, de proteção de emprego e salários continuam a ser fundamentais e têm escasseado”.

Defendeu também a “importância” dos meios na saúde, através do reforço do SNS e da Saúde Pública.

“É necessário garantir os técnicos para garantir para fazerem os rastreios dos contactos de todos os infetados para que o desconfinamento não se torne numa oportunidade para uma nova vaga (?)É preciso um plano para recuperar os cuidados não covid, nomeadamente os prioritários, que também têm estado parados e que precisam mais gente no SNS”, referiu.

Segundo a coordenadora do BE, atualmente, “no SNS estão, na linha da frente, milhares e milhares de trabalhadores precários, que não sabem se o dia a seguir à pandemia representa o despedimento”.

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