Autarca de Viseu lamenta que só esteja projetada “meia autoestrada” para Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 25-07-2017

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, lamentou hoje que o seu concelho tenha sido excluído da nova ligação rodoviária para Coimbra (alternativa ao Itinerário Principal 3), considerando que o Governo apenas está a projetar “meia autoestrada”.

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Em comunicado, Almeida Henriques refere que, ao abandonar o projeto da Via dos Duques, o Governo desperdiçou “o consenso regional obtido entre os diversos presidentes das câmaras municipais e uma disponibilidade de investidores na concretização de uma infraestrutura estruturante para a conectividade da região, para a competitividade da sua economia e para a segurança rodoviária nacional”.

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No entender do autarca social-democrata, em vez de “um verdadeiro projeto de ligação regional”, este Governo está a projetar “uma meia autoestrada, uma meia ligação que exclui Viseu, cidade e região, a sua economia e a sua população”.

“Recentemente, em audiência solicitada à Infraestruturas de Portugal, foi o município de Viseu informado da existência de dois traçados alternativos para a construção desta ligação – uma a norte e outra a sul de Coimbra. Em ambos os casos, o projeto prevê uma ligação do IC12 em Santa Comba Dão à A13, até Ceira, a sul de Coimbra, ou por norte a Coimbra e daqui até Ceira, através de uma nova variante”, explica.

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Para o antigo secretário de Estado da Economia, “independentemente das vantagens de uma ou outra opção”, na prática “este estudo projeta apenas meia autoestrada”, ou seja, “um traçado parcial, incompleto, que liga Santa Comba Dão a Coimbra, mas esquece a ligação a Viseu e ao IC12”.

“O fecho do IC12 entre Canas de Senhorim e Mangualde, a construção do IC37 (entre Viseu e Nelas) e a ligação ao IP5 (Mangualde) constituem nesta fase, segundo os dados conhecidos, uma eventualidade postergada num futuro sem calendário, a estudar, e sobre a qual não se conhecem quaisquer planos concretos”, critica.

Almeida Henriques frisa que “meia solução não é, não será nunca, uma solução”.

“Ao deixar Viseu a uma distância de 40 quilómetros da pseudo ligação Viseu – Coimbra, não se resolve verdadeiramente o problema da ausência de uma infraestrutura segura e rápida em alternativa ao IP3, nem se contribui para a coesão territorial da região e do país”, sublinha.

Na sua opinião, trata-se de “um desrespeito e uma descriminação negativa para com a cidade-região de Viseu, mas também um erro político e económico”.

“A sustentabilidade de investimentos desta dimensão reclama a conectividade à cidade-região de Viseu, que é um pulmão demográfico e industrial de toda a região”, defende, avisando que não se conformará “com esta exclusão praticada pelo Estado Central e pugnará, juntamente com atores económicos e população, por uma alteração que reponha e faça justiça ao concelho e à região”.

 

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