Associação Portuguesa de Conversas de Psicologia ajuda a prevenir radicalização de reclusos

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 07-11-2017

A Associação Portuguesa de Conversas de Psicologia (APCP) vai participar num projeto europeu que tem uma verba de um milhão de euros para prevenir todos os tipos de radicalização no contexto prisional e pós-prisional.

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PRISÃO COIMBRA

O projeto, intitulado Fighting Against Radicalization, envolve nove países da Europa e dez entidades, sendo financiado pela Comissão Europeia com quase um milhão de euros, numa iniciativa de “investigação, intervenção e acompanhamento” na área da radicalização dentro e fora das cadeias, informou hoje o presidente da APCP, Vitor Nuno Anjos, que falava aos jornalistas à margem do 4.º Congresso Nacional Conversas de Psicologia, que decorre em Coimbra.

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O protocolo foi assinado na segunda-feira, em Itália – país que coordena o projeto -, e estará em ação até 2020, procurando prevenir a radicalização, seja religiosa, política ou sexual, explanou Vitor Nuno Anjos.

A equipa de investigação da APCP está em Itália a estudar os dossiês e a traduzir as ferramentas europeias para depois formar “técnicos para que possam implementar no terreno essas mesmas formações”, aclarou.

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Vítor Anjos e Ricardo Pocinho, organizadores do evento

Vítor Anjos e Ricardo Pocinho, organizadores do evento

Segundo Vitor Nuno Anjos, a associação já trabalhou no passado com alguns estabelecimentos prisionais, sendo que a intervenção, neste caso, não se resume a apenas reclusos e ex-reclusos, mas também vai contar com a formação e especialização dos profissionais que trabalham nas cadeias portuguesas, como os guardas prisionais, assistentes sociais, administrativos e psicólogos.

No decorrer do projeto, serão ainda realizados estudos de investigação e poderão ser desenvolvidos debates e manuais.

Para além de se querer promover a fim da radicalização, o projeto tem também a ambição de prevenir a radicalização, com a ajuda dos funcionários que trabalham no contexto prisional, referiu o responsável da associação.

Questionado pela agência Lusa sobre como se previne a radicalização, Vitor Nuno Anjos referiu que o projeto irá “trazer na altura certa as respostas”.

O presidente da APCP espera que em 2018 o projeto comece a ser aplicado no terreno, com ações de formação.

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