Associação planta árvores autóctones em antigo eucaliptal na Serra da Lousã

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 19-01-2018

 Diversas espécies autóctones vão ser plantadas em terrenos de um antigo eucaliptal, na Serra da Lousã, no sábado, no âmbito de um projeto de sensibilização ambiental da associação Lousitânea, com sede em Góis.

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castanheiro

Rita Ribeiro, técnica da Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, disse hoje à agência Lusa que 40 unidades da Maternidade de Árvores, na Aigra Nova, “vão ser plantadas pelos seus padrinhos” na aldeia da Comareira, naquele município do distrito de Coimbra.

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As duas povoações vizinhas integram a rede turística Aldeias do Xisto, constituída por 27 povoações características de 21 municípios serranos da região Centro, como Góis, Lousã, Miranda do Corvo e Penela, entre outros.

Castanheiros, carvalhos, medronheiros, cerejeiras-bravas e azevinhos, entre diferentes espécies da flora primitiva, serão transferidos do viveiro, criado pela associação na década passada, “para o seu habitat natural”, referiu.

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“Todas estas árvores foram apadrinhadas por pessoas de vários pontos do país que visitaram a Aigra Nova” e que agora regressam para fazerem a plantação definitiva “num terreno cedido para o efeito” por um habitante que vive atualmente na zona de Lisboa, mas que “vem frequentemente à aldeia”, segundo Rita Ribeiro.

A iniciativa, já realizada em anos anteriores, está integrada “num processo de educação ambiental que se promove neste núcleo da Maternidade de Árvores, onde cada visitante pode escolher uma árvore, dar-lhe um nome e tornar-se seu padrinho ou madrinha”.

“A Lousitânea toma conta da árvore, durante a sua infância, e assim que esta chegue ao estado adulto é plantada no seu habitat natural pelo padrinho ou madrinha”, afirmou.

O programa começa às 10:30, com a receção dos convidados, na Aigra Nova, que depois, se as condições atmosféricas forem favoráveis, realizarão uma caminhada até ao terreno da Comareira.

Os visitantes integram um grupo de quase 30 pessoas, entre padrinhos e familiares, a que se juntam membros e amigos da Lousitânea, cabendo ao grupo “fazer a plantação das afilhadas e das restantes”, já que nem todos os padrinhos podem participar na ação.

“Será um dia em prol da reflorestação da Serra da Lousã, em que não faltará o convívio dos presentes”, assim compensando “de alguma forma a nossa pegada ecológica”, adiantou Rita Ribeiro.

Cada padrinho dá um nome à árvore e assume o pagamento de 15 euros por ano à associação, que cuida da “afilhada” até ao momento de ser mudada.

Mais tarde, dentro do possível, o titular do “certificado de apadrinhamento” regressa à Serra da Lousã para participar no ato coletivo da replantação.

Mais uma vez, os trabalhos “prolongam-se pelo dia inteiro”, com pausa para almoço, cessando nesta data o pagamento da quota anual.

Junto a cada árvore, é sempre colocada uma placa de madeira com a identificação da espécie, bem como o seu “nome de batismo” e o nome da madrinha ou padrinho.

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