Coimbra

Aspersores de água ajudam aldeia em Arganil a travar o fogo

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 24-07-2020

A aldeia de Travessas, no concelho de Arganil, vai procurar resistir aos incêndios com 12 colunas de aspersão de água testadas hoje pela equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC), que montou o sistema.

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A solução contra florestais assenta numa linha constituída por quatro grupos de aspersores, em redor da povoação, que podem ser acionados pelos moradores em caso de incêndio que ameace a povoação, na freguesia de Celavisa, no distrito de Coimbra.

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“Esta é uma solução não muito dispendiosa que protege os bens, as infraestruturas e a as pessoas”, disse Domingos Xavier Viegas, o professor catedrático da UC que coordena o projeto.

Na apresentação da iniciativa, no lugar de Travessas, o especialista em incêndios florestais salientou que era necessário “encontrar uma solução, através da tecnologia, para melhorar a segurança das pessoas”, e que pode ser aplicada noutras povoações da região Centro e do país.

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“Para os meios de socorro aqui chegarem é difícil”, acrescentou, realçando o problema das acessibilidades na zona.

A agência Lusa, no acesso secundário ao local a partir da estrada que liga os municípios de Góis e Arganil, confirmou que as vias são estreitas e que, em grande parte do trajeto, têm bermas e taludes com vegetação fina e arbustiva que não está limpa.

“Não pretendemos que esta seja uma solução definitiva”, afirmou Xavier Viegas, explicando que se trata de “um contributo para melhorar a segurança” da comunidade local (seis residentes em permanência, número que pode triplicar no verão e em alguns fins de semana), já que um fogo que se aproxime da aldeia “será sempre difícil de combater”.

O coordenador do projeto FireProtect – Sistemas de Proteção de Pessoas e Elementos Críticos Expostos a Incêndios Florestais, coadjuvado pelo investigador Miguel Almeida, da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da UC, defendeu a importância de os habitantes se manterem na sua terra.

“Mas temos de lhes dar segurança contra os fogos”, acentuou o também líder da ADAI, Domingos Xavier Viegas.

Num dos últimos incêndios na chamada Serra do Rabadão, entre Arganil e Góis, em 2017, os moradores passaram três dias e duas noites fora da aldeia de Travessas, que na altura foi evacuada por precaução, recordou a presidente da Junta de Freguesia de Celavisa, Rosário Oliveira.

“Este é um contributo muito importante para a defesa da aldeia”, declarou aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, admitindo que o sistema seja instalado noutras povoações do concelho com mais elevado risco de incêndios.

Intervieram também na iniciativa representantes do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), entre outros convidados dos promotores do projeto, que contaram com a colaboração dos moradores na montagem e futura utilização do sistema.

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