Coimbra

As colheres de pau de Arganil são a maravilha da cozinha, até na sustentabilidade. VOTE JÁ 760 207 786

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-07-2020

Talhadas manualmente em madeira de pinho bravo em estado verde, resultado da passagem intacta pelo tempo de técnicas ancestrais dos colhereiros de Arganil, as colheres de pau são uma ferramenta de culinária com tradição na preparação de pratos regionais, que a juntar ao produtos endógenos são uma opção sustentável e amiga do ambiente.

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A talha das colheres de pau é uma das tradições candidatas às 7 Maravilhas da Cultura Popular de Portugal e que para ser eleita está a votos pelo número 760 207 786 até à próxima quarta feira, 22 de Julho,  dia em que são anunciadas em emissão da RTP, televisão oficial, as candidaturas do distrito de Coimbra.

A técnica da talha das colheres de pau foi passando de geração para geração e é hoje um legado que garante a continuidade das práticas ancestrais, preservando o processo de fabrico original, que recorre a ferramentas tradicionais, como a machada, a enxó, a faca, o legre, o maço e o rodilho.

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O concelho de Arganil conserva ainda muitas tradições artesanais, práticas complementares à agricultura de sobrevivência praticada pela esmagadora maioria da população até há algumas décadas e que estão ainda muito vivas na atualidade, sendo a fabricação de colheres de pau uma das mais significativas .

Este artesanato está particularmente ligado à Freguesia da Benfeita, em particular ao lugar de Pardieiros, a que se atribui a sua origem, espalhando-se para outras aldeias da mesma freguesia como Enxudro; Medas, Sardal, Luadas; Pai das Donas e Monte Frio.

O pinheiro, cortado em toros, dimensionados já para o tipo de colher a que se destinam é transportado para as “oficinas”, de um modo geral situadas num espaço anexo às habitações. Com dois rolos, um servindo-lhe de banco e outro à sua frente colocado, servindo-lhe de mesa, o colhereiro começa a construção da colher que se processa em três fases: talhar, fazer da faca e legrar.

Com golpes de machada o colhereiro dá a forma rudimentar à colher, marcando-lhe o tamanho da pá e do “rabo”. Com a enxó é escavada a pá para que fique com a concavidade necessária. A fase seguinte é com a faca que começa por desbastar com golpes finos o “rabo”, no sentido da pá para a extremidade. De seguida, passa para a parte da pá moldando-lhe as costas, dando-lhe a forma arredondada.

Por fim o colhereiro, colocando a pá da colher no joelho e com o “rabo”, cravado no peito protegido por uma pequena almofada, inicia a fase de legrar. A mão esquerda, segura as costas da pá da colher e simultaneamente controla a profundidade do corte, aperfeiçoando a concavidade da pá para que fique lisa e perfeita.

As colheres, depois de concluídas, são empilhadas em local arejado para que sequem convenientemente.

São produzidas em 6 medidas diferentes, em comprimento e na largura da pá: Fina, Marroquina, Butão, Porto, Meia e Rabuda, por ordem de grandeza. Ser colhereiro foi durante o século XX uma fonte de rendimento para as populações, envolvendo mais de cem homens nesta arte, só em Pardeiros.

A Colher de Pau, enquanto valioso instrumento da expansão do património cultural do concelho, tem merecido da parte do Município de Arganil, uma atenção especial, promovendo a sua divulgação em Feiras e Mostras Municipais, de modo a não deixar sucumbir uma Arte que resistiu à mudança dos tempos e dos hábitos, tornando-a num ícone turístico. Vote nas Colheres de Pau  760 207 786 . Custo da Chamada é de 0.60€ + IVA

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