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Arménio Carlos apela à defesa do SNS e outras funções sociais do Estado

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 02-04-2014

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, realçou hoje a necessidade de os trabalhadores portugueses defenderem “as funções sociais do Estado”, como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a escola pública.

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Para Arménio Carlos, “as funções sociais do Estado têm futuro e devem dar resposta a todos” os que delas necessitam.

“O que nós lutámos para aqui chegar. E valeu a pena”, disse, ao salientar que importa preservar “as conquistas do 25 de Abril”, cujo 40º aniversário é comemorado este ano, com destaque para o SNS, criado há 35 anos.

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O líder da CGTP criticou “aqueles que continuam a defender o Estado mínimo para as populações”, enquanto preferem “o Estado máximo para o negócio”.

Arménio Carlos intervinha no encerramento do debate “Afirmar Abril e os 35 anos do SNS”, promovido pela CGTP, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, no dia em que se assinalam 38 anos da promulgação da Constituição da República.

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“Todos dizem que defendem o SNS”, incluindo alguns dos seus adversários, “porque sabem que não têm condições para dizerem o contrário”, referiu.

No entanto, “há uma diferença entre o que se diz e o que se faz”, adiantou, numa alusão ao atual Governo, depois de vários oradores terem responsabilizado “sucessivos governos” pela alegada destruição do SNS.

Segundo Arménio Carlos, o Serviço Nacional de Saúde “é uma matéria mais suscetível à mobilização dos cidadãos”, o que explica uma certa compreensão da generalidade dos portugueses relativamente à última greve dos médicos, promovida pelos sindicatos do setor, com apoio de outras organizações da classe.

O secretário-geral da CGTP esclareceu que a central sindical não questiona “o direito de escolha” dos cidadãos, entre os hospitais públicos e os privados.

“Nós não pomos em causa que cada cidadão vá ao serviço privado, mas não pode ser é à custa da degradação do serviço público”, acrescentou.

Arménio Carlos rejeitou a atual “política de austeridade permanente”, advertindo que “o que está aqui em marcha não é só um modelo que acelera as desigualdades e as injustiças, mas que põe em causa o Estado Social e o próprio regime”, transformando Portugal “num país que fica colonizado dentro da própria Europa”.

“A renegociação da dívida é uma questão fundamental”, defendeu.

Um dos oradores da manhã, António Arnaut, antigo ministro dos Assuntos Sociais e principal impulsionador do SNS, há 35 anos, realçou que “os benefícios trazidos pelo SNS, sobretudo no plano da dignidade humana, da justiça e da coesão sociais, são tão evidentes que o próprio Governo é obrigado a reconhecê-los”.

“É um imperativo categórico de consciência cívica, no ano em que celebramos o 40º aniversário da Revolução dos Cravos, que a esquerda e todos os democratas ponham de lado novos e velhos preconceitos ou divergências”, disse.

Insistindo na unidade das forças políticas de esquerda, que tem vindo a preconizar, o socialista António Arnaut propôs como “plataforma de entendimento” a Constituição, para “resgatar a esperança, travar o poder destruidor do capital extorsionário, salvar o Estado Social e as conquistas de Abril, de entre as quais avulta o SNS”.

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