Política

Após resultado modesto de 2017, BE quer “ir mais longe” em Lisboa e no país

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 10-09-2021

O BE concorre a cerca de um terço das câmaras nas próximas eleições com o objetivo de continuar a “mudar o paradigma” da política autárquica, após um “resultado modesto” em 2017 que falhou a reconquista de uma presidência.

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Sem grande tradição autárquica e apenas com a liderança de uma câmara na sua história – Salvaterra de Magos em 2001, 2005 e 2009 – os bloquistas candidatam-se a 112 câmaras municipais – menos 12 do que nas últimas eleições – e apresentam listas a 124 assembleias municipais.

Um dos objetivos já traçados pela coordenadora bloquista é “poder ir mais longe em Lisboa e em todo o país” no que considera ser a “mudança de paradigma” promovida pelo partido na política autárquica, tendo mostrado já toda a disponibilidade para uma reedição do acordo pós-eleitoral na capital.

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Devido ao calendário político, o Orçamento do Estado para 2022 promete marcar a agenda mediática, depois de nos últimos dias a coordenadora do BE, Catarina Martins, ter referido que o partido preferia que as negociações tivessem acontecido com mais tempo e apontando a falta de pressa do Governo para fechar dossiês orçamentais.

A campanha para as eleições autárquicas de 26 de setembro será de adaptação à atual situação pandémica e por isso não haverá almoços, jantares ou grandes ajuntamentos em espaços fechados, mas sim várias visitas, arruadas, viagens em transportes públicos e comícios à noite.

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Transportes, ambiente e habitação são os eixos temáticos traçados pelo partido liderado pela coordenadora Catarina Martins, que fará a habitual “volta” pelo país para estar junto de diferentes candidatos, com passagem prevista da caravana pelos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Santarém, Aveiro, Coimbra, Braga, Beja e Viseu.

Para o primeiro dia oficial de campanha, terça-feira, os bloquistas escolheram o concelho de Odemira, onde a questão da agricultura intensiva das estufas e dos abusos laborais ganhou expressão nacional nos últimos tempos e em relação à qual o partido tem apresentado propostas legislativas.

Pausa na campanha de Catarina Martins durante os três plenários da Assembleia da República que decorrem na primeira semana para que a deputada possa participar nos trabalhos parlamentares.

O Porto volta a receber o último dia da caravana bloquista, um final habitual nas hostes do BE.

Nas últimas autárquicas, foram 12 os vereadores que os bloquistas elegeram para 11 executivos camarários, uma vez que em Salvaterra de Magos o BE conseguiu alcançar dois mandatos.

Assim, Lisboa, Amadora, Vila Franca de Xira, Almada, Moita, Seixal, Torres Novas, Salvaterra de Magos, Abrantes, Entroncamento e Portimão são os concelhos para os quais o partido parte para as eleições com vereadores eleitos.

Nas anteriores autárquicas, em 2017, a líder do BE qualificou o desempenho do partido como “um resultado modesto”. A questão das maiorias absolutas foi outro dos “calcanhares de Aquiles” bloquistas na último corrida eleitoral autárquica, uma vez que a líder do BE tinha apontado armas ao fim destes poderes “absolutos” e não o conseguiu.

O BE teve um aumento de votos, conseguiu recuperar um vereador em Lisboa e eleger mandatos para autarquias inéditas, mas falhou a conquista de uma câmara, objetivo que havia sido traçado por Catarina Martins, ficando-se pelos 3,29% – 170.039 dos votos – na contagem para as câmaras municipais.

A seguir às eleições – e ainda com o antigo vereador Ricardo Robles que saiu depois do cargo em 2018 na sequência da polémica que envolveu a venda de um imóvel -, o BE fez um acordo com o PS para a governação da Câmara de Lisboa e assumiu pelouros, um trabalho que a líder bloquista tem usado como o exemplo da “mudança de paradigma” que considera que o partido tem trazido à política autárquica.

“O Bloco já mudou a política autárquica”, defendeu Catarina Martins no encerramento da convenção bloquista que decorreu em maio, em Matosinhos, considerando que esta campanha “começa já com novos patamares graças ao trabalho de autarcas do Bloco espalhados por todo o país”.

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