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António Costa ataca “ideia dramática” de que Portugal tem licenciados a mais

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 20-04-2018

O primeiro-ministro afirmou hoje que a educação e ciência têm de ser apostas estratégicas persistentes das políticas públicas e considerou que a ideia de que Portugal tem licenciados em excesso foi das mais dramáticas para o país.

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António Costa falava no final de uma visita às instalações de Lisboa da Farfetch, que começou por ser uma empresa tecnológica na altura da sua fundação, em 2008, mas que agora se define como uma multinacional do comércio eletrónico no setor da moda, com dois milhões de clientes e com presença nos mercados da América do Norte, Ásia e Europa.

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Na sua intervenção, o primeiro-ministro pegou numa afirmação antes proferida pelo presidente executivo da Farfecht, José Neves: “Precisamos cada vez mais de talentos e, por isso, temos de ir à procura onde eles estão”.

Para o primeiro-ministro, Portugal “tem de possuir uma política inteligente de imigração para atrair talento, mas, sobretudo, tem de investir cada vez na educação e na ciência para que se produza cada vez mais talento”.

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“Esta é a chave do futuro do país. A ideia de que tínhamos licenciados a mais foi das coisas mais dramáticas que aconteceram no país. Temos porventura ainda empregos qualificados a menos para os licenciados que produzimos”, contrapôs o líder do executivo.

Outra ideia central da intervenção do primeiro-ministro, que tinha ao sue lado o titular da pasta da Economia, Manuel Caldeira Cabral, foi a defesa da cultura de empreendedorismo e de risco em Portugal.

“Todos sabemos que grande parte das ‘startups’ não se tornam Farfetch, mas é preciso que haja muitas ‘startups’ para que surjam muitas Farfetch. É preciso que no nosso sistema empresarial se perca o medo do risco e o medo de falhar. Quando se falha o que há a fazer é recomeçar, tentar de novo, insistir e não desistir, porque, seguramente, se formos persistentes conseguimos ter sucesso”, defendeu António Costa.

Antes do primeiro-ministro, o presidente executivo da Farfetch fez um breve resumo da evolução da sua empresa luso-britânica desde que foi lançada no mercado em 2008.

Atualmente, a Farfecht emprega cerca de duas mil pessoas, na sua maioria engenheiros, 1500 dos quais em Portugal e que estão em Lisboa, Porto, Guimarães e em breve em Braga.

José Neves afirmou que a sua empresa se encontra atualmente na liderança de vendas online de moda de luxo, está presente em 190 países (com 12 línguas diferentes) e trabalha com 300 marcas de moda e 800 retalhistas.

Entre outros dados sobre o funcionamento da sua tecnológica, José Neves contou que, por via da Farfetch, com a utilização de empresas de serviço expresso, se consegue atualmente entregar uma encomenda de um produto de moda de luxo em 90 minutos em cidades como Milão ou Londres, e em três dias no caso de Tóquio.

António Costa, por sua vez, apontou a evolução ao nível do emprego registado em setores como o têxtil ou o calçado desde a década de 70 do século passado até à atualidade.

“Há cada vez mais quadros qualificados, sobretudo engenheiros, e muitos deles estão fora das fábricas”, observou.

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