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Antigos dirigentes da AAC defendem fim da garraiada na Queima

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 22-03-2018

 Antigos dirigentes da Associação Académica de Coimbra (AAC) e das várias secções e organismos que a compõem assinam uma carta aberta onde apelam ao Conselho de Veteranos que respeite a decisão do referendo de acabar com a garraiada.

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AAC

A carta aberta, assinada por mais de 100 antigos dirigentes e sócios da AAC, surge depois de o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra ter decidido, na quarta-feira, que a garraiada permanece na Queima das Fitas de Coimbra, ignorando a decisão do referendo, onde 70,7% dos estudantes votaram pelo seu fim.

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O documento enviado à agência Lusa apela a que “o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra respeite o resultado do referendo que convocou e reconheça o seu resultado como vinculativo”.

Na carta aberta, os antigos estudantes e sócios da AAC defendem ainda que os municípios de Coimbra e da Figueira da Foz “não compactuem com este ataque a uma decisão democrática, negando qualquer colaboração institucional com a realização deste eventual acontecimento tauromáquico”.

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O documento, intitulado “Carta Aberta pela Preservação da Tradição Democrática da Academia”, é assinada por antigos estudantes que hoje assumem as mais diversas ocupações profissionais, encontrando-se na lista vários ex-presidentes de núcleos de estudantes e de secções e organismos autónomos da AAC, como a Rádio Universidade de Coimbra, o Jornal A Cabra ou o grupo de teatro CITAC.

Na lista, encontram-se o candidato pelo Bloco de Esquerda a Loures em 2017, Fabian Figueiredo, o ex-deputado do PS Mário Ruivo, a coreógrafa Leonor Barata, o ex-presidente da direção-geral da AAC, Eduardo Melo, bem como antigos vice-presidentes daquela associação de estudantes.

“Que sejam tomadas todas as ações legalmente aceites para um distanciamento e uma isenção totais da academia coimbrã deste evento tauromáquico, como seja a utilização do nome ou de recursos da Universidade e da Associação Académica de Coimbra”, afirmam ainda os antigos sócios da AAC.

Segundo a carta, os atuais estudantes “fizeram história” ao votar contra a realização da garraiada, uma decisão que permitiu “fechar um capítulo que em nada honra uma academia que, desde cedo, se bateu por causas maiores”.

No referendo promovido a 13 de março, com uma participação de 5.638 estudantes, os alunos da Universidade de Coimbra decidiram acabar com a garraiada na Queima das Fitas.

À pergunta “Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?”, 70,7% dos estudantes que participaram no referendo responderam “Não”, 26,7% “Sim”.

Questionado pela Lusa na quarta-feira, o presidente da direção-geral da AAC, Alexandre Amado, afirmou que vai levar “a decisão democrática dos estudantes até às últimas consequências”.

“Se os estudantes decidiram que não há garraiada, não há garraiada”, vincou.

Ainda hoje, a direção-geral da AAC emitiu um comunicado onde volta a frisar a mesma posição, referindo que “não admite, em circunstância alguma, qualquer desrespeito pela vontade democrática dos estudantes da Universidade de Coimbra”.

A posição assumida pela maioria do Conselho de Veteranos, refere a AAC, é “uma afronta direta” à história da academia e “a cada um dos estudantes da Universidade de Coimbra”.

“A direção-geral da Associação Académica de Coimbra fará cumprir intransigentemente a decisão democrática dos estudantes e que a defenderá até às últimas consequências”, sublinha o comunicado.

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