Ana “com queda para as árvores” de Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 11-12-2017

Coimbra parece ter adormecido com uma Ana revoltada e acordado com uma Ana tranquila.

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Praça da Rública - Coimbra

Praça da República – Coimbra

Na cidade e região são visíveis os estragos provocados pela tempestade Ana, mas não se registaram incidentes graves. 

Ramos e folhas no chão e poças de água são visíveis em ruas e estradas da região, nada que não pudesse acontecer num dia ou noite de outono ou ineverno.

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Esta manhã o sol já espreitou, um arco-íris deu outro brilho à cidade, a circulação automóvel e pedonal processa-se com alguma normalidade.

Tene

Tenente Valadim/Sá da Bandeira – Coimbra

Nas  últimas horas foram registadas 232 ocorrências relacionadas com este episódio de meteorologia adversa.

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Para a história desta tempestade fica o registo da queda de árvores e ramos, derrube de estruturas temporárias, queda de elementos de construção em estruturas edificadas, desabamento de estruturas edificadas, inundações de estruturas ou superfícies por precipitação intensa e inundação de estruturas por água canalizada.

Há notícias deste tipo de ocorrências em toda a região de Coimbra, nomeadamente nos concelhos de Cantanhede, Condeixa, Arganil, Penacova, Góis e Tábua, Vila Nova de Poiares, Soure, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra.

Tudo somado, de acordo com informação Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, contamos a queda de 167 árvores, 6 movimentações de terrenos, 25 inundações, 23 quedas de estruturas e 11 limpezas de via.

Afonso Henriques Coimbra

Afonso Henriques  – Coimbra

A tempestade Ana já deixou o território de Portugal continental, registando-se uma diminuição do vento e da chuva forte, disse à Lusa a meteorologista Paula Leitão.

“A depressão a que se deu o nome de Ana já se encontra sob França e a frente fria que lhe estava associada já passou todo o território do continente. A situação de chuva forte e vento forte que se registou no dia de ontem [domingo] já está ultrapassada”, adiantou a especialista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com Paula Leitão, Portugal continental está agora sob a influência de uma massa de ar frio.

“A temperatura já está a descer. Às 06:30 já se registavam -1 graus Celsius nas Penhas Douradas e perto de 0 graus na região de Trás-os-Montes. O céu já está com algumas abertas e ainda há aguaceiros, que serão de neve acima dos 800 metros de altitude”, disse.

Paula Leitão adiantou que para hoje no Porto está prevista uma temperatura máxima de 13 graus, Lisboa 17 e Faro 19, mas em Bragança prevê-se 06 graus e nas Penhas Douradas 04.

“No entanto, a descida da mínima vai ser mais notada. Ontem a noite foi quente e hoje, com a massa de ar frio, as mínimas ficam mais baixas. Pode haver locais com diferenças de temperatura mínima em relação a ontem de 8 a 10 graus”, indicou.

O IPMA prevê também para hoje nas regiões do Norte e Centro, em especial nos sítios mais altos, condições para a formação de gelo.

Segundo a meteorologista Paula Leitão, hoje os aguaceiros deverão diminuir de intensidade e frequência, prevendo-se para o final da tarde céu pouco nublado ou limpo.

“Quanto ao vento, já diminuiu de intensidade e frequência. Ainda temos algumas rajadas, mas o vento já está menos intenso”, disse.

No que diz respeito aos avisos, Paula Leitão adiantou que até às 21:00 de hoje toda a costa está sob aviso laranja devido à agitação marítima, prevendo-se ondas com 7 metros, passando depois até às 12:00 de terça-feira a aviso amarelo, com ondas já de 04 a 05 metros.

“Sob aviso laranja temos também os distritos de Braga, Vila Real e Guarda até às 18:00 de hoje, mas devido à queda de neve acima dos 700/800 metros. Também devido à queda de neve, foram emitidos avisos amarelos para Viana do Castelo, Viseu e Castelo Branco”, disse.

O aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado enquanto o aviso amarelo é emitido sempre que há risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

A meteorologista Paula Leitão disse ainda que para terça-feira já está previsto “céu pouco nublado ou limpo, mas na quarta-feira já há outra vez condições para precipitação”.

A Proteção Civil registou durante a madrugada de hoje mais de 3.010 ocorrências relacionadas com o mau tempo, que provocou mais de 1.900 quedas de árvores, 346 inundações e 34 deslizamentos de terras.

De acordo com o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o mau tempo atingiu o país de Norte a Sul, mas afetou mais os distritos de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu.

No domingo, a tempestade causou uma vítima mortal, uma mulher de 45 anos, em Marco de Canavezes, devido à queda de uma árvore.

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