Agricultores de Coimbra esperam até sexta-feira por uma resposta do Governo

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 13-12-2017

Os agricultores e produtores florestais do distrito de Coimbra afetados pelos incêndios de 15 de outubro vão esperar até sexta-feira por uma resposta do Ministro da Agricultura ao caderno de reivindicações entregue a 28 de novembro.

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capoulas santos

No final de uma audiência na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Isménio Oliveira, da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, disse hoje à agência Lusa que, “estranhamente”, não existe nenhuma resposta ao conjunto de reivindicações entregues na manifestação realizada em Coimbra.

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“Até às 17:00 de hoje não existia nenhuma resposta, embora nos tivesse sido dito que o ministro da Agricultura iria dar resposta ainda hoje ao documento apresentado por agricultores e produtores florestais”, salientou.

Segundo Isménio Oliveira, as estruturas associativas vão esperar até sexta-feira por uma resposta do ministro Capoulas Santos e caso o silêncio continue a imperar vão pedir uma reunião com caráter de urgência àquele governante.

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Dezenas de agricultores e produtores florestais do distrito de Coimbra afetados pelos incêndios de 15 de outubro manifestaram-se no dia 28 de novembro junto à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro contra as “insuficientes” medidas de apoio anunciadas pelo Governo.

Convocado pela Associação Distrital de Agricultores de Coimbra (ADACO), com o apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e do Movimento de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), o protesto incluiu a entrega de um caderno de reivindicações, através do qual reclamam o aumento das ajudas simplificadas de 5.000 para 10.000 euros.

“Muitos dos pequenos agricultores têm prejuízos entre os 5.000 e os 10.000 euros, sendo da mais elementar justiça que, para enquadrar muitos dos afetados, a ajuda simplificada (pagamentos a 100%) deva ir até aos 10.000 euros”, lia-se então no caderno de reivindicações, que foi enviado ao primeiro-ministro, ministro da Agricultura e Comissão de Agricultura e Mar.

O documento defendia também que os prejuízos entre 10.000 e 120.000 euros deviam ter um apoio a fundo perdido de 85% e de 70% a partir de 120.000 euros.

O caderno reivindicativo propunha ainda que o prazo para a entrega das candidaturas simplificadas devia ser estendido até ao final o ano.

“Os prazos são muito curtos e o portal para apresentação de candidaturas está inativo há três dias. Não percebemos porque é que a indústria tem até outubro de 2018 para apresentar as suas candidaturas e a agricultura menos de um mês”, disse Isménio Oliveira, queixando-se de “discriminação”.

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