Política

Aeroporto: Chega fala em “tragédia à portuguesa”. PS responde com “crise de ciúmes”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 28-09-2022

O Chega apelidou hoje de “tragédia à portuguesa” o processo do novo aeroporto da região de Lisboa, num debate em que o PS acusou o partido de André Ventura de “uma espécie de crise de ciúmes” do PSD.

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“Temos dois partidos em conluio absoluto e um primeiro-ministro completamente irresponsável, um ministro das Infraestruturas completamente incapaz e escondido e um Governo à deriva numa das maiores obras públicas da história”, criticou o líder do Chega, falando numa “tragédia à portuguesa com cumplicidade dos maiores partidos”.

O Chega agendou para hoje um debate de urgência na Assembleia da República sobre a localização e construção do novo aeroporto de Lisboa.

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Na sua intervenção inicial, o líder do partido voltou a acusar o primeiro-ministro de querer “esconder o debate sobre o novo aeroporto entre paredes” e a reivindicar que o Chega seja envolvido neste processo.

André Ventura lamentou que nos últimos 50 anos os sucessivos governos não tenham conseguido “fazer um novo aeroporto que engrandeça Portugal e dignifique este país” e considerou que este processo é uma “trapalhada atrás de trapalhada, com os impostos dos portugueses a serem usados para as fantasias do Governo”.

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Numa intervenção, o deputado Carlos Pereira, do PS, considerou que este debate é uma “espécie de crise de ciúmes do Chega face à posição do PSD”.

E pediu aos deputados do Chega “para deixarem o PSD em paz”, apontando que os sociais-democratas estão a “fazer um caminho em prol do que é muito importante para o país, o novo aeroporto”.

Carlos Pereira afirmou também que “não está posta em causa” a participação dos restantes partidos neste dossiê, mas ressalvou que “haverá tempo” para darem a sua opinião “sobre o que deve ser o novo aeroporto”.

Pelo PSD, o deputado Paulo Rios de Oliveira salientou que o partido “tem em relação a este assunto uma enorme responsabilidade”.

“O PSD é um partido de poder, não é um partido de protesto e, portanto, aquilo que nós refletimos e aquilo que nós dizemos tem que ser consequente”, vincou.

O social-democrata salientou que o partido terá sempre uma posição sobre o tema mas não vai governar pelo PS.

“Nós não governaremos pelo Governo. Mais, não há sequer nenhum acordo entre PS e PSD, o PSD é ouvido sobre o tema, manifestou as suas prioridades. O governo aceita-as? Ótimo. O Governo não aceita, a última decisão, quer aceite, quer não aceite, será sempre e só do próprio governo”, sublinhou.

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