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Administrador de Agência Europeia afirma em Coimbra que há meios para reduzir risco do uso do ciberespaço

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 22-03-2019

O administrador da Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA) Paulo Empadinhas defendeu hoje, em Coimbra, que o ciberespaço é “relativamente seguro”, desde que sejam adotados os mecanismos de redução do risco.

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Há “mecanismos suficientes” para evitar “comportamentos de risco” e os utilizadores da internet “ficarem minimamente protegidos”, disse hoje Paulo Empadinhas, que falava à agência Lusa, na Faculdade de Medicina de Coimbra, à margem de um seminário sobre ‘Riscos e ameaças na cibersegurança na saúde’, promovido pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra.

Mas “faltam campanhas de sensibilização” para que os utilizadores da internet “saibam o que devem fazer” e para que adotem os meios de proteção e de redução do risco, alerta o especialista.

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“A digitalização da sociedade é inevitável, faz parte do desenvolvimento”, resta, por isso, “saber quais as medidas a tomar, de modo a usar esta tecnologia de forma segura”, sintetizou.

Durante a sessão, Paulo Empadinhas, deteve-se sobre aspetos relacionados com a diminuição do risco, advertindo para a necessidade de adotar comportamentos como o de alterar periodicamente chaves (passwords) e de estas ser complexas e formadas por números e letras, de recorrer à encriptação (de cartões, por exemplo) ou de fazer atualizações de dados (“as updates são vacinas”), exemplificou.

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Assim como se torna mais seguro usar uma chave para a porta de casa, outra para o carro e outra para o cofre, também as passwords diferentes reduzem o risco no ciberespaço, ilustrou o especialista.

Perante um incêndio ou um roubo, as pessoas sabem a quem pedir socorro, mas quando são vítimas de um ataque informático, por exemplo, não sabem a quem recorrer, referiu Paulo Empadinhas, lembrando que, em Portugal, há o Centro Nacional de Cibersegurança e, na Europa, a Agência da União Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA, na sigla em inglês).

Detendo-se especificamente na área da saúde, Paulo Empadinhas reconheceu que “é quase impossível não identificar as pessoas”, cuja “informação está toda digitalizada, a todos os níveis”.

A solução poderá passar pela criação de uma plataforma única a nível europeu, admitiu, salientando que, no entanto, “não há [ainda] maneira de proteger [os dados] até ao limite”, concluiu.

Os seminários promovidos pelo CNC são “palestras com a participação de oradores convidados e abertas a toda a comunidade”, que se realizam no edifício da Universidade de Coimbra Biotech, da Univer, em Cantanhede, e no auditório do CNC, em Coimbra.

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