Académica quer rotunda para recordar 69

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 13-12-2017

A presença da Académica na  Taça  de Portugal de 1969 devia ser perpetuada na cidade de Coimbra.

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A boa ideia é do jovial Mário Campos, veterano da Briosa e número 1 do Conselho Académico, que, meio a sério meio a brincar, sugeriu a construção de uma rotunda que assinalasse o feito histórico.

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O antigo atleta fez o pedido junto da pessoa certa, nem mais nem menos que Manuel Machado, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, assumido especialista em rotundas, que logo ali disse que podem contar com ele.

Mário Campos recordou a coragem e sentido patriótico da equipa de futebol da Académica também na final da Taça de Portugal de 1969. Um momento que espelha “a ligação fantástica entre a Académica e a Pátria”.  

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Recordamos que a crise começou no dia 17 de Abril de 1969, por ocasião da inauguração do edifício das matemáticas, altura em que o presidente da Direção Geral da Associação Académica, Alberto Martins, pediu a palavra, mas foi impedido de discursar.

O regime  fascista tentou apagar o que aconteceu em Coimbra, mas, num acto acto heróico, a  Académica levou os protesto até Lisboa, apresentando-se de luto no Final da Taça de Portugal desse ano, que perdeu para o Benfica.

Daqui a dois anos, quando se completam 50 anos sobre este momento académico, “vamos fazer algo para destacar, para evidenciar a coragem destes  jovens”, prometeu Manuel Machado.

Tudo isto aconteceu na “Sala de Despacho Privado” da Câmara Municipal de Coimbra, onde o Presidente Manuel Machado e o Vice-Presidente Carlos Cidade receberam 4 representantes do Núcleo de Veteranos da Académica,  que estavam acompanhados por Pedro Roxo, Presidente da AAC/OAF.

O Núcleo de Veteranos da Académica solicitou este encontro para apresentar cumprimentos oferecer algumas lembranças à Câmara Municipal de Coimbra, entre as quais se encontra um quadro com uma fotografia captada durante a “primeira encarnação” de Manuel Machado.

É uma imagem de 2000, captada no Salão Nobre dos Paços do Município por ocasião da atribuição da Medalha de Mérito Desportivo da Cidade de Coimbra ao Núcleo de Veteranos da AAC.

Mário Campos, António Marques, Rodrigo Valido e Vítor Brasfemes, os representantes dos Veteranos recordaram  a grande época desportiva de 1966/67, ano em que o clube fez uma campanha histórica, obtendo a sua melhor classificação de sempre no Campeonato Nacional da 1ª divisão, tendo-se classificado em 2º lugar, apenas a 3 pontos do Benfica (Campeão Nacional), totalizando 40 pontos. 

Uma época de ouro encerrada a 9 de julho de 1967, perante uma assistência de mais de 60 mil espectadores, no Estádio Nacional, onde se jogou a final da Taça de Portugal, que perdeu para o Vitória de Setúbal por uma bola a zero. Já passaram 50 anos! Mário Campos e Brasfemes fizeram parte dessas equipas.

O presidente da CMC, Manuel Machado salientou ainda a importância da instituição na cidade. “A Académica é uma bandeira de Coimbra”, referindo que “se mantém forte e ativa”.

O autarca afirmou que a “Académica é uma escola de formação para os seus jogadores” e que é notável constatar que 50 anos depois “ainda perdura a amizade e a entreajuda”, com o intuito de “construir uma instituição cada vez maior”.

 

O presidente da direção-geral da AAC/OAF, Pedro Roxo, aproveitou o momento para agradecer aos veteranos tudo o que fizeram pela AAC.

Veja o vídeo do directo NDC:

 

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