AAC quer acabar com “forrobodó” na Queima das Fitas. A serio?!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 05-04-2018

A direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) defendeu hoje que, no futuro, a organização da Queima das Fitas deve estar sob sua “tutela e supervisão”.

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alexandre amado

A implementação de um novo modelo da Queima das Fitas, que passa por manter a suposta autonomia da Comissão Organizadora, mas que não mexe nos diversos poderes instalados,  foi anunciada pelo presidente da academia, Alexandre Amado, em conferência de imprensa marcada para abordar questões de “ordem financeira e programática que esta e anteriores eleições da Queima das Fitas têm suscitado”.

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“É indispensável implementar, para o futuro, um modelo de organização que permita à direção-geral exercer efetivamente essas competências enquanto único órgão estatutariamente responsável pela administração e gestão financeira da AAC”, disse o líder da AAC que faz questão de só falar do que lhe interessa.

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O líder estudantil abordou a demora no fecho das contas das edições de 2016 e 2017, que “provocou um atraso necessário na atribuição das verbas resultantes” pelas atividades das secções, núcleos, projetos e à própria direção-geral.

Por outro lado, Alexandre Amado queixou-se de que os resultados financeiros da Queima das Fitas “ficaram manifestamente aquém do expectável nas duas últimas edições”, mas não explica porque é a festa deixou de dar lucro que se veja.

Em 2016, o saldo positivo destinado a distribuir pelas estruturas da academia situa-se nos 90 mil euros e, em 2017, apesar de ainda não existir parecer sobre o relatório de contas, não deve ultrapassar o mesmo valor.

Segundo o dirigente, a direção-geral da AAC injetou nos últimos cinco anos “mais de 200 mil euros em excesso” na Queima das Fitas, “abdicando de disponibilidade financeira própria, em benefício das estruturas da casa através da distribuição dos saldos”.

No entanto, acrescentou, a direção-geral não está disponível para “atribuir uma vez mais um valor excessivo, que apenas contribuiria para a obtenção de mais um resultado não correspondente ao real exercício, em prejuízo da atividade da AAC”.

E, para oferecer alguma estabilidade às secções e núcleos em maiores dificuldades, Alexandre Amado anunciou um apoio extraordinário de 50 mil euros aos conselhos cultural, desportivo e internúcleos para distribuir pelas respetivas estruturas.

“Este apoio pretende, dentro do possível, apoiar o desenvolvimento das atividades das estruturas da academia até à distribuição do saldo financeiro que resultar da edição deste ano da Queima das Fitas, momento em que a direção-geral recuperará a verba adiantada, caso o resultado financeiro o permita”, frisou.

A edição deste ano da festa da Queima das Fitas, que vai decorrer de 04 a 11 de maio, está orçada em 980 mil euros, menos 250 mil do que na edição anterior.

Questionado sobre o facto da Queima das Fitas contratar sempre a mesma produtora, Alexandre Amaro prefiriu “chutar para canto”.

O Presidente da AAC também entendeu não dar explicações em relação aos contratos com a Unicer/Super Bock Group (venda de cerveja na Queima, Latada e bar AAC) e a AAC/OAF ou AAC/OAF- SDUQ (aluguer do Pavilhão Jorge Anjinho).

Saiba tudo o que foi dito no vídeo do Directo NDC:

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