Cinco minutos depois das 11 da manhã desta sexta-feira o alarme soou na Escola 1/2 de Soure. Foi o aviso para um tremor de terra, simulado no âmbito de um exercício público de sensibilização para o risco sísmico e promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
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Só em Soure a ação “A Terra Treme”, que se realizou um pouco por todo o país, envolveu meio milhar de alunos do agrupamento de escolas, além dos Bombeiros locais e da GNR. O objetivo, explica a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) é “capacitar a população para saber como agir em caso de sismo, sensibilizando os cidadãos para o facto de viverem numa sociedade de risco, e desafiando-os a envolver-se no processo de construção de comunidades mais seguras e resilientes”.
Assim que se ouviu o alarme, os estudantes seguiram os três gestos de autoproteção: baixar, proteger e aguardar. Ficaram debaixo das secretárias protegidos por uns momentos e logo que o toque se voltou a ouvir saíram ordeiramente e concentraram-se nos campos desportivos da escola. Os professores fizeram a contagem por turma e deram conta que faltava um dos estudantes. A situação, simulada, levou os bombeiros a intervir e a resgatarem o aluno que tinha sofrido “um traumatismo num membro inferior” e a transportá-lo depois para o hospital.
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O agrupamento de Soure aproveitou também para colocar em prática o plano interno de segurança. “Estamos preparados. O sistema mostrou-se eficaz”, afirmou Luísa Pereirinha. “Este exercício mostrou que os alunos são cidadãos, exerceram o seu direito de cidadania muito bem, muito disciplinados”, acrescentou a diretora do Agrupamento de Escolas de Soure, sublinhando a “importância de estimular a cultura de segurança”.
“Nas diferente escolas do distrito simulámos os três gestos que podem fazer a diferença: baixar, proteger e aguardar. As crianças são o meio de transmissão mais importante que temos para a mitigação do risco e para conseguirem levar a mensagem para casa e conseguirmos ter uma proteção civil cada vez mais preventiva”, explicou Carlos Luís Tavares, do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra.
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O presidente da Câmara de Soure lembrou que “infelizmente o concelho tem sido afetado por várias catástrofes, como os incêndios, cheias, a tempestade Leslie e o acidente com o comboio Alfa Pendular”, destacando o relevo que este tipo de simulacro tem na preparações dos meios e das populações. “Apelava a este Governo e a outros que venham a seguir para que façam aumentar a noção do risco junto dos mais jovens, dos idosos e da população ativa”, referiu ainda Mário Jorge Nunes.
Também esta sexta-feira, o concelho vai receber o exercício operacional “Soure Treme”, de busca e resgate em estruturas colapsadas que decorrerá durante a tarde nas instalações da antiga cerâmica Ideal Leiriense.
Veja o momento em que o alarme para o tremor de terra tocou:
Os Bombeiros procuraram uma criança “desaparecida”
Aluno foi encontrado e resgatado pelos Bombeiros:
Carlos Luís Tavares, comandante distrital de operações de socorro:
Luís Pereirinha, diretora do Agrupamento de Escolas de Soure:
Mário Jorge Nunes, presidente da Câmara Municipal de Soure:
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