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A-dos-Francos celebra histórico pódio de João Almeida no Giro

Notícias de Coimbra | 10 meses atrás em 28-05-2023

Na hora em que João Almeida subia ao pódio da Volta a Itália, um festival de ranchos disputava as atenções da população de A-dos-Francos, terra do ciclista que vai ser homenageado com uma prova com o seu nome.

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Enquanto o pelotão cumpria, em Roma, os 126 quilómetros da 21.ª e última etapa do Giro, transmitidos no ecrã gigante da Sociedade de Instrução e Recreio de A-dos-Francos, no concelho das Caldas da Rainha, as atenções centravam-se hoje na praça do outro lado da estrada, onde um festival de ranchos animava a terra do primeiro ciclista português a conseguir um pódio final na Volta a Itália.

“Isto hoje são favas contadas, o terceiro lugar já está garantido”, comenta-se numa das mesas, entre rodadas de cerveja, uns cânticos de “SLB, SLB” e uma idas até ao palco por onde vão desfilando ranchos de vários pontos do país.

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A festa em torno de João Almeida (UAE Emirates), “já se fez ontem [sábado], com os avós, tios, outros familiares e amigos todos juntos na associação a ver a prova”, contou à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de A-dos- Francos, Paulo Sousa, também ele hoje dividido entre a corrida do jovem ciclista da terra e os ranchos que animavam a praça.

Para o autarca não restam dúvidas de que o desempenho de João Almeida “mudou a terra onde ele nasceu”. A vila já tinha “alguma visibilidade devido à equipa de futebol feminino que chegou a estar a na primeira divisão”, porém, “nada comparável com aquilo que o João trouxe, porque vai além-fronteiras e o nome de A-dos-Francos é falado em todo o mundo”.

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A terra agradeceu com a inauguração, em junho do ano passado, de uma estátua de homenagem ao ciclista que em 2020 pôs A-dos-Francos nas bocas do mundo ao longo dos 15 dias em que envergou a camisola rosa.

Hoje, como em praticamente todos os dias desde o início da ‘corsa rosa’, “há romarias de ciclistas ao monumento para tirarem fotografias”, constata Paulo Sousa.

“Vêm pessoas do Porto, de Coimbra, ciclistas amadores e até alguns profissionais que por aqui passam nos seus treinos, e que depois vão aos cafés, à associação e acabam também por dinamizar a economia local e tornar A-dos-Francos um ponto de referência”, conta o presidente da junta.

Bicicletas cor-de-rosa pintadas nas estradas da vila marcam o percurso que leva à casa de João Almeida, ponto obrigatório de passagem para os admiradores do ciclista.

“Só hoje já cá passaram dois grandes grupos, que não sei de onde vinham, mas que disseram que ainda tinham que fazer 100 quilómetros para regressar a casa”, conta a avó, Luísa Gonçalves.

Admiradora ferrenha do neto, Luísa não perde pitada da prova “muito boa que ele tem estado a fazer este ano”, nem a esperança de que “num dos próximos anos ele termine o Giro, a Volta a Portugal ou outra grande prova com a camisola rosa”.

“O ano passado foi um grande desgosto, porque ele apanhou covid. Este ano cheguei a pensar que ele ia conseguir, mas há outros ciclistas muito bons e ele ainda é novo, não foi este ano, mas há de lá chegar”, afirma a avó que segue o neto “em todas as etapas de todas as provas que ele faz em Portugal”.

Hoje, é pela televisão que assiste à subida de João Almeida ao pódio, no final de uma prova em que vai gritando frases de incentivo: “vai João, força, tu és forte”. Em casa é ela que ‘faz a festa e deita os foguetes’, ao lado do marido, Júlio, “mais calado, mais reservado, mas que está a vibrar por dentro”. Ou não continuasse o ciclista agora “um homem, que até já tem bigode e é famoso”, a ser, no seio da família, “o mesmo menino que sempre foi, que cresceu nesta terra pacata e que a todos enche de orgulho pelo percurso que está a fazer”.

Um percurso que hoje sagrou João Almeida como o primeiro português a pisar o pódio final na Volta a Itália, num momento assinalado em A-dos- Francos, com grande parte do público dos ranchos a trocar a praça pela associação para aplaudir o ciclista de 24 anos.

A terra vai voltar agradecer ao atleta, desta vez não com uma estátua mas com a organização do primeiro Prémio João Almeida, uma prova realizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo em parceria com a Ecosprint (a escola de ciclismo onde o ciclista começou a carreira).

Uma homenagem marcada para o dia 08 de junho e que, segundo o presidente da junta, irá repetir-se todos os anos.

 

 

Caldas da Rainha, Leiria, 28 mai 2023 (Lusa) – Na hora em que João Almeida subia ao pódio da Volta a Itália, um festival de ranchos disputava as atenções da população de A-dos-Francos, terra do ciclista que vai ser homenageado com uma prova com o seu nome.

Enquanto o pelotão cumpria, em Roma, os 126 quilómetros da 21.ª e última etapa do Giro, transmitidos no ecrã gigante da Sociedade de Instrução e Recreio de A-dos-Francos, no concelho das Caldas da Rainha, as atenções centravam-se hoje na praça do outro lado da estrada, onde um festival de ranchos animava a terra do primeiro ciclista português a conseguir um pódio final na Volta a Itália.

“Isto hoje são favas contadas, o terceiro lugar já está garantido”, comenta-se numa das mesas, entre rodadas de cerveja, uns cânticos de “SLB, SLB” e uma idas até ao palco por onde vão desfilando ranchos de vários pontos do país.

A festa em torno de João Almeida (UAE Emirates), “já se fez ontem [sábado], com os avós, tios, outros familiares e amigos todos juntos na associação a ver a prova”, contou à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de A-dos- Francos, Paulo Sousa, também ele hoje dividido entre a corrida do jovem ciclista da terra e os ranchos que animavam a praça.

Para o autarca não restam dúvidas de que o desempenho de João Almeida “mudou a terra onde ele nasceu”. A vila já tinha “alguma visibilidade devido à equipa de futebol feminino que chegou a estar a na primeira divisão”, porém, “nada comparável com aquilo que o João trouxe, porque vai além-fronteiras e o nome de A-dos-Francos é falado em todo o mundo”.

A terra agradeceu com a inauguração, em junho do ano passado, de uma estátua de homenagem ao ciclista que em 2020 pôs A-dos-Francos nas bocas do mundo ao longo dos 15 dias em que envergou a camisola rosa.

Hoje, como em praticamente todos os dias desde o início da ‘corsa rosa’, “há romarias de ciclistas ao monumento para tirarem fotografias”, constata Paulo Sousa.

“Vêm pessoas do Porto, de Coimbra, ciclistas amadores e até alguns profissionais que por aqui passam nos seus treinos, e que depois vão aos cafés, à associação e acabam também por dinamizar a economia local e tornar A-dos-Francos um ponto de referência”, conta o presidente da junta.

Bicicletas cor-de-rosa pintadas nas estradas da vila marcam o percurso que leva à casa de João Almeida, ponto obrigatório de passagem para os admiradores do ciclista.

“Só hoje já cá passaram dois grandes grupos, que não sei de onde vinham, mas que disseram que ainda tinham que fazer 100 quilómetros para regressar a casa”, conta a avó, Luísa Gonçalves.

Admiradora ferrenha do neto, Luísa não perde pitada da prova “muito boa que ele tem estado a fazer este ano”, nem a esperança de que “num dos próximos anos ele termine o Giro, a Volta a Portugal ou outra grande prova com a camisola rosa”.

“O ano passado foi um grande desgosto, porque ele apanhou covid. Este ano cheguei a pensar que ele ia conseguir, mas há outros ciclistas muito bons e ele ainda é novo, não foi este ano, mas há de lá chegar”, afirma a avó que segue o neto “em todas as etapas de todas as provas que ele faz em Portugal”.

Hoje, é pela televisão que assiste à subida de João Almeida ao pódio, no final de uma prova em que vai gritando frases de incentivo: “vai João, força, tu és forte”. Em casa é ela que ‘faz a festa e deita os foguetes’, ao lado do marido, Júlio, “mais calado, mais reservado, mas que está a vibrar por dentro”. Ou não continuasse o ciclista agora “um homem, que até já tem bigode e é famoso”, a ser, no seio da família, “o mesmo menino que sempre foi, que cresceu nesta terra pacata e que a todos enche de orgulho pelo percurso que está a fazer”.

Um percurso que hoje sagrou João Almeida como o primeiro português a pisar o pódio final na Volta a Itália, num momento assinalado em A-dos- Francos, com grande parte do público dos ranchos a trocar a praça pela associação para aplaudir o ciclista de 24 anos.

A terra vai voltar agradecer ao atleta, desta vez não com uma estátua mas com a organização do primeiro Prémio João Almeida, uma prova realizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo em parceria com a Ecosprint (a escola de ciclismo onde o ciclista começou a carreira).

Uma homenagem marcada para o dia 08 de junho e que, segundo o presidente da junta, irá repetir-se todos os anos.

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