Uma mulher, de 59 anos, foi transportada numa ambulância dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha numa viagem que durou mais de quatro horas até ser admitida numa unidade de saúde, depois de ter passado por Torres Vedras e Lisboa sem que aceitassem a sua entrada urgente, percorrendo perto de 150 quilómetros a mais do que se tivesse sido logo aceite no primeiro hospital para onde foi enviada, avança o Correio da Manhã.
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O caso aconteceu esta sexta-feira à tarde, 10 de março, e deixou indignada aquela corporação que descreveu que após ter sido acionada às 12:52 pelo Centro Orientador de Doentes Urgentes (CODU) de Coimbra, para prestar socorro a uma vítima desorientada, enfrentou uma verdadeira aventura para que ela fosse atendida.
“Depois de sairmos da casa da vítima, às 13:46, fomos para o Hospital de Torres Vedras, uma vez que o Serviço de Urgência de Medicina Interna das Caldas da Rainha não está a receber doentes entre as 8h da manhã desta sexta-feira e as 8h da manhã de sábado”, contou o bombeiro António Soares ao jornal. Mas ao fim dos 53 quilómetros percorridos viram barrada a entrada no Hospital de Torres Vedras, porque “a doente não era da área de residência” servida pela unidade de saúde.
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Seguem-se mais 46 quilómetros até ao Hospital de Santa Maria, por indicação do CODU, mas também aqui não foi aceite. “Disseram que era por ser um caso social, mas foi o CODU quem deu ordem de urgência”, contou o bombeiro.
Finalmente, após mais 91 quilómetros, e no total de 190 percorridos, quando podiam ter sido 46, a muito custo a paciente foi atendida no Hospital das Caldas da Rainha, às 18:08, ou seja, ao fim de 4:22 de viagem de um lado para o outro.
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