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Política

PCP e Governo fazem desafios cruzados sobre aumento das pensões

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 27-10-2022

O PCP desafiou hoje o Governo a promover um aumento mínimo de 50 euros nas pensões, enquanto o ministro das Finanças desafiou os comunistas a perguntarem aos pensionistas se preferiram ou não ter aumento antecipado em outubro.

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Estas posições foram trocadas entre o deputado comunista Alfredo Maia e o ministro das Finanças, Fernando Medina, no segundo e último dia de debate parlamentar na generalidade do Orçamento do Estado para 2023.

Alfredo Maia assinalou que no executivo socialista se está a procurar passar a ideia de que o país está perante um Orçamento “com rosto humano” e, para desmontar esta tese, citou o mais recente relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que nega a existência de qualquer aumento ao nível das prestações sociais.

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Mas o jornalista atacou sobretudo a política de pensões do Governo, dizendo que procedeu a um corte de 50% em relação ao aumento imposto por lei para o próximo ano, na ordem dos 8%.

Alfredo Maia desafiou então o Governo a cumprir a lei em vigor, com uma subida de 8%, e a proceder a um aumento mínimo de 50 euros das pensões no próximo ano, tendo depois criticado o Governo por ausência de medidas de combate à alta de custos na habitação e ao nível das taxas de juro, o que “deixa as famílias nas mãos dos bancos”.

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Na resposta, o ministro das Finanças pediu rigor ao PCP sobre o valor das prestações sociais para 2023, “comparando apenas aquilo que é comparável” e retirando da conta despesas que estiveram associadas à pandemia da covid-19 “e outras extraordinárias que estão a ser processadas este ano”.

“A despesa com prestações sociais cresce 4,7% em 2023, mais dois mil milhões de euros do que este ano”, estimou o titular da pasta das Finanças, antes de entrar na questão das pensões.

“Não entendo como o PCP desvaloriza o facto de ao dia de hoje 2,8 milhões de pensionistas já terem recebido mil milhões de euros. Toda a conversa do PCP sobre a suposta diminuição do valor das pensões acabaria se o Governo, em ver de ter pago aos pensionistas hoje, estivesse a pagar aos pensionistas não em janeiro mas às fatias ao longo de 2023”, reagiu Fernando Medina.

Nesse caso, de acordo com o ministro das Finanças, “a conversa do PCP seria nenhuma”. Deixou depois aos comunistas um desafio: “Perguntem a qualquer pensionista qual das duas opções prefere: Receber em outubro quando é preciso, ou receber dividido ao longo dos meses em 2023”.

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