Coimbra

200 empresas portuguesas querem produzir máscaras de utilização comunitária

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 14-04-2020

Mais de 200 empresas manifestaram vontade de produzir “máscaras de utilização comunitária” contra a covid-19 conforme as especificações do Infarmed e “algumas estão em condições de o fazer já esta semana”, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde.

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“Quanto às máscaras de utilização comunitária, o Infarmed publicou hoje as especificações técnicas para produção destas máscaras pela indústria. Mais de 200 empresas mostraram vontade de avançar com a produção e algumas estão em condições de o fazer já esta semana”, disse António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária sobre a covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

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A ministra da Saúde revelou na segunda-feira que as máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos.

“De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e face às ausências de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas”, afirmou Marta Temido.

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Na conferência de imprensa diária realizada na Direção-Geral da Saúde (DGS), a ministra ressalvou que o uso de máscaras na comunidade constitui “uma medida adicional e suplementar” às já existentes, como o distanciamento social e lavagem das mãos.

A ministra ressalvou que as máscaras sociais, que podem ser feitas de algodão ou de outro tecido, vão ser generalizadas à população quando o país regressar à normalidade.

Marta Temido explicou que existem três tipos de máscaras: Os respiradores FFP2 e FFP3 (com elevada capacidade de filtragem de partículas) para profissionais de saúde, máscaras cirúrgicas que previnem disseminação de agentes infecciosos e as máscaras não cirúrgicas ou sociais.

Segundo a ministra, as máscaras cirúrgicas devem ser usadas por pessoas com sintomas de covid-19 e pelos mais vulneráveis, bem como profissionais de grupos mais expostos como bombeiros, polícias e trabalhadores de agências funerárias e lojas.

Marta Temido precisou que as máscaras não cirúrgicas não são dispositivos certificados, não obedecem a uma normalização e podem ser feitas de diferentes materiais, como algodão ou outro têxtil.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) admitiu na segunda-feira o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com várias pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória.

Invocando o Princípio da Precaução em Saúde Pública, a DGS afirma hoje ser de considerar “o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com múltiplas pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória”.

De acordo com a DGS, a utilização de máscaras pela população é “um ato de altruísmo”, já que quem a utiliza “não fica mais protegido”, contribuindo, sim, para a proteção das outras pessoas.

Reconhece ainda que o uso de máscara pela população não pode “diminuir a sustentabilidade de acesso a máscaras pelos doentes e profissionais de saúde”, que constituem os grupos prioritários para o uso de máscaras cirúrgicas.

“Segundo o ECDC (Centro Europeu de Controlo de Doenças), não existe evidência (prova) científica direta que permita emitir uma recomendação a favor ou contra a utilização de máscaras não cirúrgicas ou comunitárias, pela população”, lê-se no documento assinado pela diretora-geral da saúde, Graça Freitas.

Portugal regista hoje 567 mortos associados à covid-19, mais 32 do que na segunda-feira, e 17.448 infetados (mais 514), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

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