2 mortos em “aldeia remota” do martirizado concelho de Seia

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 18-10-2017

A Câmara Municipal  de Seia anuncia no seu Facebook que tem no “terreno várias equipas multidisciplinares para fazer o levantamento, analisar e responder às necessidades das pessoas e freguesias afetadas pelos incêndio, o que nem sempre aconteceu nos últimos dois dias, altura em que algumas pessoas de aldeias evacuadas foram “deixadas ao Deus dará”, sem qualquer tipo de apoio da protecção civil municipal.

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Diz a autarquia liderada por Filipe Camelo que as equipas congregam vários técnicos e serviços municipais que, em articulação com os bombeiros, Instituto de Segurança Social, Juntas/Uniões de Freguesia e demais agentes da proteção civil, irão proceder não só ao levantamento dos prejuízos, como também delinear respostas e mecanismos que minimizem os impactos decorrentes deste flagelo.
Acrescenta a Câmara que “a violência dos incêndios obrigou à mobilização de grande parte dos recursos municipais, entre meios materiais e humanos, com destaque para o dispositivo municipal de proteção civil e os demais serviços e divisões municipais, que providenciaram o alojamento das populações evacuadas para três centros de acolhimento temporário, a funcionarem nos pavilhões desportivos municipais, como centros de apoio, abrigo e acesso a bens essenciais”.

Notícias de Coimbra constatou no terrenos que nalgumas aldeias mais remotas, o apoio prestado pela autarquia senense foi muito deficitário ou até mesmo inexistente.

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Recordamos que a circulação rodoviária estava condicionada, com muitas estradas cortadas. Não existia rede telefónica fixa ou móvel ou energia eléctrica.

A maior parte da população destas aldeias é idosa, não possui meios para se deslocar, mas só pode contar com a ajuda de alguns particulares e de juntas de freguesia, que, como se sabe, não têm meios para enfrentar este tipo de tragédia.

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O Presidente da Câmara Municipal, Filipe Camelo, fala da maior tragédia de sempre no Concelho, dirigindo-se, em primeiro lugar, à família das duas pessoas que perderam a vida em Cide, na União de Freguesias de Vide e Cabeça, a quem endereçou sentidas condolências.

Vizinhos das vítimas adiantam que a morte das duas pessoas ocorreu depois de terem colocado dois filhos menores numa carrinha particular que  permitiu a evacuação da aldeia de Cide.

Nessa noite, o casal, que residia na grande Lisboa, terá voltado à residência da terra natal porque se tinha esquecido dos documentos, mas o fogo já não os deixou regressar para junto dos seus filhos.

Notícias de Coimbra aguarda que a Protecção Civil diga se estas duas pessoas fazem parte da lista de 41 mortos.

filipe camelo
O autarca deixou uma palavra de agradecimento aos operacionais que estiveram no terreno, que se revelaram insuficientes para acudir a todo um Concelho em chamas.

 

Hoje pelas 14:30, reunirá, na sua forma mais restrita, a Comissão Municipal de Proteção Civil, tendo em vista chancelar a ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, decretado pelo Presidente do Município na segunda-feira ao final da manhã.

 

Atendendo ao facto do Município se encontrar sem redes de telecomunicações, foi criado um número de emergência municipal (965239779), que estará disponível a partir desta quarta-feira, sendo que os vários serviços da Câmara estão disponíveis para responder rapidamente às solicitações que se venham a verificar, assegurou Filipe Camelo.

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