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Aves marinhas e dos campos agrícolas estão a morrer em Portugal

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 18-12-2019

Aves marinhas e dos campos agrícolas estão a morrer em Portugal

As aves marinhas e dos campos agrícolas estão a morrer em Portugal, com perdas de populações que chegam aos 80% na última década, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

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Em comunicado, a SPEA afirma que “a degradação dos meios rurais e a intensificação da agricultura coloca muitas espécies em queda livre”, enquanto outras atividades humanas como “a captura acidental nas pescas e a poluição luminosa” afetam especificamente as aves marinhas.

No relatório O Estado das Aves em Portugal 2019, a SPEA salienta que aves dos meios agrícolas como o pardal, o pintassilgo, a rola-brava, o picanço-barreteiro, a águia-caçadeira e o sisão mostram “declínios dramáticos (de 49% a 80%)” nos últimos 10 a 15 anos.

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Em espécies marinhas que habitam oceanos e orla costeira, regista-se uma diminuição de 25% nos últimos cinco anos da galheta das Berlengas e veem-se cada vez menos pardelas-baleares, pilritos-das-praias, tordas-mergulheiras e alcatrazes.

Para a SPEA, salva-se uma “nota positiva” que é “a eficácia das ações de conservação da natureza”, com aves como o priolo e a cagarra nas Berlengas a recuperarem população e a estabilizarem.

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“O priolo, ave que apenas existe na ilha de São Miguel, nos Açores, e que no início deste século era uma das aves mais ameaçadas da Europa, conta agora com uma população estável em torno dos 1.000 indivíduos”, assinala a SPEA.

O presidente da Sociedade, Domingos Leitão, defendeu que é preciso “investir muito mais dinheiro da Política Agrícola Comum na gestão adequada dos sistemas agrícolas extensivos, como os mosaicos de cereal e pousio e os olivais tradicionais”.

A política agrícola atual é “perigosa” por causa da expansão da agricultura de regadio intensivo, de monocultura e com uso alargado de agroquímicos, salienta a SPEA.

No relatório aponta-se ainda a ameaça de espécies invasoras introduzidas em Portugal por ação humana, como o arcebispo e ganso-do-egito, que poderão tirar “espaço e alimento” às aves nativas.

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