A companhia de teatro Cão Solteiro, de Lisboa, estreia na quinta-feira, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, “Matriz”, um espetáculo “disparatado em que duas pessoas descrevem o mundo como uma sequência de disparates”.
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Essas duas pessoas “tentam fazer um número de equilibrismo nas contradições, procurando o desequilíbrio como lugar”, caindo “frequentemente na armadilha das suas próprias palavras e dos seus disparates, esperando a cada vez ter despistado os sentidos que lhes são impostos, sejam eles os sentidos que apontam a direção, os sentidos que apontam aos significados ou os sentidos que apertam o coração”, afirmou hoje o TAGV, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo o TAGV, “Matriz” é “também uma cortina que não esconde nada porque não há nada para esconder”, protestando contra a “economia dos segredos”.
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O espetáculo da Cão Solteiro tem dramaturgia de José Maria Vieira Mendes e foi sendo pensado “entre Mariana Sá Nogueira, Paula Sá Nogueira e Patrícia da silva, lutando contra os requisitos da ação, da visibilidade e da compreensão, matrizes de uma ideia de teatro que é também uma ideia de arte”, referiu.
O espetáculo conta ainda com a participação do artista plástico Vasco Araújo, que tricotou “duas cortinas que não servem para nada”, e de Daniel Worm D’Assumpção, que desenhou a luz do espetáculo.
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O espetáculo, com a duração de uma hora, estreia-se na quinta-feira, às 21:30.
Os bilhetes custam entre cinco e sete euros.
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