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Vai um Pastel de Tentúgal?

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 05-09-2013

pastel de tentugal

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O processo de certificação do Pastel de Tentúgal que culminou com a inclusão na lista de Indicações Geográficas Protegidas (IGP), hoje aprovada pela Comissão Europeia, começou há seis anos, disse hoje fonte da associação de pasteleiros local.

“O pastel de Tentúgal é diferente, singular e distintivo e o processo não foi nada fácil”, frisou Olga Cavaleiro, da Associação de Pasteleiros de Tentúgal (APT), aludindo à certificação que, entre outros aspetos, passou pela uniformização da qualidade daquele doce conventual.

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O pastel, que se distingue por possuir uma massa obtida da junção de farinha e água (com uma espessura que varia entre os 0,06 e 0,15 milímetros) e um recheio cremoso resultante da mistura de gema de ovo e calda de açúcar, é produzido em Tentúgal por uma dezena de produtores, seis dos quais deram origem ao processo de certificação.

Depois de concluída a componente nacional, junto do ministério da Agricultura, a APT levou o pedido de reconhecimento da Indicação Geográfica Protegida – que designa os produtos que estão ligados de uma forma estreita a uma zona geográfica na qual decorre pelo menos uma das fases da produção, transformação ou elaboração – à Comissão Europeia, em janeiro de 2012.

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Ouvido pela Lusa, Luís Leal, presidente da autarquia de Montemor-o-Velho, manifestou “satisfação e orgulho” pelo reconhecimento da Comissão Europeia, lembrando o “esforço” da Câmara Municipal, associação de pasteleiros e confraria da doçaria conventual na certificação hoje publicada no jornal oficial da União Europeia.

“[O pastel] é um património da doçaria conventual que a vila de Tentúgal produz e o melhor doce do mundo”, frisou Luís Leal.

Com a certificação, a Comissão Europeia circunscreve a área geográfica da produção do pastel à vila de Tentúgal, entre as localidades de Lamarosa, Portela e Póvoa de Santa Catarina.

Na publicação, a Comissão Europeia sublinhou os “valores históricos” ligados àquele doce conventual, nomeadamente o facto de “desde o século XVI a produção do pastel ter sempre decorrido na localidade de Tentúgal”, com origem no Convento das Freiras Carmelitas daquela localidade do concelho de Montemor-o-Velho.

Destacou também a importância de fatores climáticos, como a temperatura amena e humidade relativa elevada, para a produção do produto originário da zona do Baixo Mondego.

A nível europeu, cerca de 1.200 produtos são protegidos pela legislação no âmbito das indicações geográficas protegidas, denominação de origem (DOP) – categorias nas quais Portugal possui cerca de 120 produtos registados – ou especialidades tradicionais (ETG)

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