Coimbra

Utentes criticam EP por falhar prazo da reabertura da estrada Coimbra-Penacova

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 10-04-2014

A Comissão de Utentes da EN 110 entre Penacova e Coimbra criticou hoje, durante uma vigília, a Estradas de Portugal por não ter cumprido os prazos para a reabertura da estrada, que se encontra fechada há três meses.

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A EN 110, que liga Penacova a Coimbra, ao longo da margem direita do Rio Mondego, está encerrada ao trânsito desde 15 de janeiro, devido a duas derrocadas, na zona de Foz do Caneiro, estando a ser intervencionada pela EP, desde 10 de fevereiro, numa empreitada orçada em cerca de 193 mil euros.

“Já nem sabemos o que havemos de fazer. Agora, só mesmo acampar à porta da EP até abrirem a estrada, porque nós já não acreditamos em nada do que nos dizem”, disse aos jornalistas Jorge Neves, da Comissão de Utentes.

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Quase três dezenas de pessoas promoveram ao final da tarde de hoje uma vigília no local para protestar contra o que a comissão “apelida de incompetência e desprezo pela população”, que tem necessidade de utilizar a via, cuja reabertura de uma faixa de rodagem que permita a circulação automóvel alternada tem registado “sucessivos adiamentos”, o último dos quais previsto para hoje.

A obra está projetada em duas fases, inicialmente uma primeira de 30 dias, que foi dilatada para 60, em que a estrada está completamente interditada para controlo da parte superior do talude.

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Após esse período, cujo prazo terminava hoje, estava previsto proceder à abertura da via com circulação alternada, até à conclusão dos trabalhos.

A EP anunciou quarta-feira, que, para garantir condições de segurança de circulação na EN 110, é “necessário prolongar o prazo de corte” da via por mais uma semana.

Em declarações aos jornalistas, Jorge Neves salientou que a não reabertura de uma faixa à circulação automóvel está a causar efeitos nefastos a nível familiar, económico e ao turismo.

“Eu, por exemplo, para me deslocar para Coimbra, tenho de fazer mais 14 quilómetros, quem reside no Caneiro tem de percorrer mais 30, outros mais 40, quem vai pela Serra do Carvalho, como é o caso dos transportes públicos, demora 60/70 minutos quando demorava 25/30 minutos”, sublinhou.

Para evitar o excesso de quilómetros para Coimbra pelas estradas alternativas, Alice Fonseca, da Foz do Caneiro, já deixou de levar o filho de 19 anos aos treinos de futsal da equipa do PRODECO, de Cantanhede, na qual jogava.

“Por aqui (EN110) fazia metade do tempo para Coimbra e gastava metade do gasóleo. Gasto mais um quarto de hora a 20 minutos, tenho de sair mais cedo de casa e chego mais tarde”, salientou.

Os operadores turísticos estão também apreensivos com a situação, quando está à porta o início da época das descidas do rio Mondego, que, ao fim de semana, chega a mobilizar 500 a 600 pessoas.

Segundo Paulo Silva, da Transserrano, a estrada cortada é o ponto de passagem para as partidas e chegadas dos turistas, pelo que as alternativas são “praticamente inviáveis e mais dispendiosas”, não havendo forma de as suportar.

 

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