Economia

Secretário de Estado dá a entender que greve dos CTT dá um selo na privatização

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 25-10-2013

O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações admitiu hoje “temer” que as greves nos CTT “desvalorizem a empresa” no seu processo de privatização, mas sublinhou que “não são as greves que impedirão o Governo de continuar” a executar o seu programa.

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“Temo que [a contestação] desvalorize a empresa. É óbvio! Mas não é só os CTT. Cada greve desvaloriza as empresas. É nos CTT, é no setor dos transportes, assim como em qualquer outro setor”, afirmou Sérgio Monteiro, em declarações aos jornalistas à margem do colóquio “A Nova Lei-Quadro das Entidades Reguladoras”, organizado pelo CEDIPRE – Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

“Qualquer movimento de contestação não é positivo para efeitos de valor, mas também quero deixar completamente claro que não são as greves que nos impedirão de continuar a executar aquilo que está no programa do Governo”, reforçou.

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O governante fez ainda questão de acrescentar que a privatização dos CTT “está também combinada no memorando de entendimento com a ‘troika’, e a credibilidade do país é um ativo tão ou mais importante do que todos os outros em presença. Porque a credibilidade perde-se de um dia para o outro e a confiança leva anos a recuperar”.

“Nós temos que continuar a cumprir os objetivos que estão definidos no memorando de entendimento e é isso que vamos fazer com a privatização até 70% do capital dos CTT”, através de uma operação pública de venda em bolsa, sublinhou.

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Em relação à posição dos sindicatos dos CTT e também da ANA e da PT, que hoje fizeram publicamente saber que a transferência dos fundos de pensões impende o corte de 10% das pensões, Sérgio Monteiro escusou-se a comentar o assunto, escudando-se na circunstância de regulamentação específica dos fundos de pensões, sua transferência e regras que passaram a vigorar ser uma “matéria da ADSE e do Ministério das Finanças”.

O governante manifestou-se, no entanto, “seguro” de que, “se houver cortes ou se não houver cortes, eles estão conforme com as regras de transferências e a Lei que também cobre esses fundos de pensões”.

“Não faremos nada de diferente do que aquilo que está definido já por lei”, disse.

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