Coimbra

Presidente da Federação diz que Remo foi o BPN do desporto português” e Estado foi “conivente”, presidente FPR

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 15-11-2013

O presidente da Federação Portuguesa de Remo (FPR), Luís Ahrens Teixeira, defende que a sua modalidade “foi o BPN do desporto português” e considerou que o Estado foi “conivente” com a situação.

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“O remo foi o BPN do desporto português. Havia certificações legais de contas que não passavam em assembleia geral de qualquer empresa. No remo passaram. Os clubes aceitaram e o Estado deixou aquilo passar. Por isso digo que o Estado foi conivente com o que se passou no remo em Portugal”, disse o dirigente, em declarações à Lusa.

Luís Ahrens Teixeira refere-se à gestão dos dois ciclos olímpicos de Rascão Marques que culminaram com a insolvência da federação: o antigo presidente resignou após os Jogos Olímpicos Londres2012, Joaquim Sousa liderou a comissão administrativa que lidou com a questão judicial (pagamento de metade da dívida total em 10 anos) e em abril Luís Ahrens Teixeira foi eleito presidente.

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O dirigente considerou que os 500 mil euros anuais que a federação recebeu no ciclo Londres2012 foram excessivos e defendeu que “se entrega dinheiro às federações, o Estado deve ter mecanismos de controlo do mesmo e não pode permitir tudo”, o que não aconteceu neste caso: “o Estado permitiu tudo. Permitiu que roubassem. E o Estado não pode permitir que roubem dinheiro dos contribuintes portugueses”.

“A FPR recebeu dinheiro… muito, muito, muito mais do que o suficiente para fazer o que fez. Precisava de tanto? Não. (…) Já disse ao presidente e vice-presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) que se o Estado não tem forma de controlar, tem de passar a ter”, reforçou.

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Luís Ahrens Teixeira defendeu que “faz falta mais seriedade no desporto”, nomeadamente no dirigismo, e apontou o caso de Mário Santos na canoagem como “o maior exemplo de desenvolvimento em Portugal em federações, com resultados desportivos”, trabalhando “de maneira séria, de forma pragmática e honesta”.

“Vá-se ver os CAR de Montemor-o-Velho da canoagem, triatlo e natação. Com metade dos meios – e, se calhar, do orçamento – a canoagem é que teve resultados, formou atletas na universidade de Coimbra e teve medalhas em campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos”, justificou.

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