Coimbra

Perder ou ganhar é…Académica?

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 04-11-2015

Caso se concretize, no final da época, a saída da  actual Direcção, o actual Presidente da Assembleia Geral pondera ser candidato à Presidência da Direcção? A resposta de Castanheira Neves é clara:  “Até estar aberto o processo eleitoral todos os sócios da Académica são potenciais candidatos. Na altura própria, aqueles que entenderem que têm condições e pretendem candidatar-se, apresentaram a sua candidatura, por ora, seria uma abertura antecipada do processo eleitoral anunciar em termos negativos ou positivos a vontade…

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jes acn

Quando o Presidente da Assembleia Geral da Académica abriu a “conferência da exclusiva responsabilidade da Assembleia Geral” a declarar, num tom sério, que “não podia consentir que o senhor Presidente da Direcção permaneça entre o público”, chegamos a pensar que Castanheira Neves não tinha convocado o apronto apenas para confirmar o que foi sendo escrito nas últimas duas semanas pelo Notícias de Coimbra.

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E fez-se silêncio!

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Apesar de estarmos numa conferência de imprensa, não acreditámos que o sempre cortez membro do Conselho Superior de Magistratura estivesse a “expulsar” José Eduardo Simões, pois jornalistas e dirigentes desportivos estão habituados a estes jogos mistos.

O que se passou foi muito simples, como diria Carlos Encarnação, o pretérito Prefeito que confiou o urbanismo de Coimbra a José Eduardo Simões.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral só quis demonstrar o seu enorme respeito pelo Presidente da Direcção e chamou-o para a Mesa da Assembleia Geral, onde JES se posicionou a seu lado, acto que ocorreu antes de ter afirmado solenemente que não há académicos bons nem académicos maus.

Citando outra antiga figura desse poder local que dá pelo nome de Pina Prata, que tal como JES deixou de vestir laranja, vimos nesses gesto algum potenciar de “sinergias proactivas polinucleadas”.

Logo de seguida, Castanheira Neves conquista os jornalistas com um sincero ” são no fundo os agentes, a voz dos que não têm voz, como é o me caso”.

Ao convocar  José Eduardo Simões, Castanheira Neves obrigou Paulo Almeida a ir ainda mais para a Direita, (o seu campo) e o seu filho Nuno Castanheira Neves mais para  Esquerda, mas acreditamos que esse facto não acarreta nenhuma fractura no seio do governo académico.

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Depois do Presidente ter feito a cronologia da desconvocada Assembleia Geral Extraordinária, surgiram as primeiras novidades.

Afinal o grupo dos 229 passou a 201, pois 28 dos briosos senhores que pretendiam a destituição da Direcção não tinham as quotas em dia ou dois 2 anos de sócios, o que só lhes dava o direito de terem ficado caladinhos.

Após Castanheira Neves ter afirmado que não ia responder ao comunicado desse grupo, ficamos a saber que foi Nuno Oliveira a subscrever o pedido para a não realização dessa Assembleia Geral,  isto depois de nos terem dito que João Vasco Ribeiro era o primeiro a escrever o seu nome no pedido de realização da reunião magna dos associados da Briosa.

Não é por isto que vamos concluir que existem divisões no grupo que concentrou as diversas oposições, mais não seja porque deve ter dado mais jeito que fosse o candidato derrotado nas última eleições a requerer a desistência, já que, como  trabalha no escritório de Castanheira Neves, apenas teve o trabalho de sair da sua secretária para ir deixar o papel na do seu colega advogado, que por acaso nessa tarde estava em Lisboa.

Não é que o grupo não esteja todo “partido”, como já nos confidenciaram seguidores de João Vasco Ribeiro e Nuno Oliveira, que são académicos para não se voltarem a cruzar numa próxima batalha contra quem manda na AAC/OAF, mas deixemos essa guerra para o day-after no match com o Estoril-Praia.

Voltemos à  Academia Dolce Vita, cenário desta sessão de pouco esclarecimento, na altura em que na nossa gravação ouvimos que Castanheira Neves está a afirmar que a Académica  se encontra processo de definhamento, sem capacidade económica, que é um reflexo da cidade.

Cidade onde, segundo a douta opinião do advogado, se instalou tal letargia que nem o Conselho Académico funciona, órgão onde não comparecem instituições como a UC ou o IPC.

Quanto à anunciada disponibilidade da Direcção para “sair de cena no final  do campeonato”, Castanheira Neves só actuará quando tiver um pedido formal de demissão, quando essa intenção for revalidada.  

Como o Presidente estava mesmo à frente da comunicação social, um dos jornalistas presentes tratou de lhe perguntar se vai ou fica.

Foi nesta altura do jogo de perguntas e resposta que José Eduardo Simões voltou a surpreender os que pensam que ele está mesmo de saída. Não respondeu de imediato à questão, mas adiantou que ia dar  a sua própria conferência de imprensa.

Sai Assembleia Geral, entra Direcção, que foi chegando quase toda à Academia Dolce Vita. Vão mais cadeiras para o outro lado da mesa. Simões quer Godinho a seu lado, mas o empresário prefere dara o seu espaço a Serens, que depois o oferece a Vicente, ficando do outro lado Torgal e Santos.

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JES entra ao ataque, posicionando-se acima dos avançados da Académica, para logo avançar com elogios a Castanheira Neves, tudo em nome dos “interesses superiores da Académica”.

A hipótese de antecipação de eleições foi para não auto flagelar a Académica, porque o clube não tinha nenhuma razão para estar a ser tratado como estava pelos eventuais oponentes, começa por adiantar o Presidente da Direcção.

Referindo-se a  João Vasco Ribeiro, como “essa pessoa”, “o putativo candidato” JES lamenta que JVR e seguidores tenham feito intervenções  com afirmações do género “direcção demissionária”, “direcção sem legitimidade”, “direcção demitida”, no sentido de “quanto pior melhor, ao ponto de querem chumbar as contas.

Simões acredita que uma maioria expressiva dos sócios presentes na última Assembleia Geral “chumbou esse tipo de intervenção, esse tipo de golpismo”.

O que mudou de quinta para terça, pergunta Simões,  referindo ao dias em que venceu a Assembleia e a a posição desistiu de o mandar embora. E responde: Uma coisa muito simples….foi principalmente o verdadeiro cartão vermelho que os sócios da Assembleia Geral de 29 de outubro deram às pessoas que protagonizaram alternativa,essa grande alternativa, quanto pior melhor”.

Por isso, “aventuras, aventureirismos, hipocrisias e mentiras não são o melhor caminho para a Académica”, conclui o vencedor José Eduardo Simões.

Mas vai ou fica? JES responde, mas não faz grande aclaramento do teor do comunicado em que a direcção escreveu:

Entende a Direcção da AAC-OAF e o seu Presidente, bem como a Gerência da SDUQ, comunicar a V. Exa. que é sua intenção solicitar à Mesa da Assembleia Geral da AAC/OAF a antecipação do acto eleitoral estatutariamente previsto para 2017, acto esse que, deste modo, se deverá realizar no final da presente temporada desportiva 2015/2016.

Hoje,  quarta-feira, 4 de novembro, o Presidente da Direcção limitou-se a reafirmar “Está escrito. A direcção vai continuar a trabalhar como trabalhou até agora. O mais importante neste momento é por a Académica tranquila na Liga, levar a Académica o mais longe possivel na Taça de Portugal.

E mais não disse, melhor disse a rematar a sessão de perguntas e respostas que os virtuais adversários “apresentam requerimentos à falsa fé”, “fogem ao primeiro embate”,  não são homens de palavra, são sócios muito volúveis, são pessoas que fogem depois de vencidas, “não têm coragem”, “não são pessoas de palavra”.

Nós somos pessoas de palavra, afirmou JES, antes de garantir que está a fazer o serviço público e que os outros encaram a Académica como centro de emprego, para atingirem outros fins nãos especificados.

Opinião de FERNANDO MOURA

Declaração de interesses: O cronista é sócio da Académica, mas não pode intervir neste processo, pois está à espera que alguém lhe pague as quotas.  

 Pode ver as intervenções de JES e ACN  e as imagens de quem esteve nas duas conferências no Facebook de Notícias de Coimbra. Clique aqui

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