Governo

Paulo Macedo quer acabar com falta recorrente de médicos em certas especialidades

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 17-01-2014

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, sublinhou hoje a necessidade de fazer com que haja médicos suficientes nas especialidades, que são as mesmas “ao longo de décadas”, onde “se autoperpetua a escassez”.

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Paulo Macedo falava aos jornalistas no final de uma visita às urgências do Hospital S. João, no Porto – no mesmo dia em que visitou estes mesmos serviços do Hospital de Aveiro e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – depois de ter anunciado a contratação de 1.700 médicos já este mês de janeiro.

“Temos que fazer com que estas especialidades, onde se autoperpetua a escassez – porque são sempre as mesmas especialidades, ao longo de décadas, onde há faltas de médicos – se consiga, através de atribuição de idoneidades, através de formação, que haja médicos suficientes nessas especialidades para aquilo que são as necessidades das pessoas e dos hospitais”, defendeu.

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Questionado sobre se foi dado tudo aquilo que os hospitais necessitam com esta contratação, o ministro da tutela considerou que não já que “os hospitais têm necessidades específicas”.

“Por exemplo, na área da anestesiologia, não há anestesistas suficientes para tudo aquilo que os hospitais querem. Na área de imagiologia não temos todos aqueles que são necessários”, justificou.

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No entanto, e na opinião de Paulo Macedo, Portugal, em termos globais, começa “a ter um número que corresponde a uma grande parte das necessidades dos hospitais”.

Sobre o Centro Materno Infantil do Norte – cujo presidente do Centro Hospitalar do Porto disse, em setembro, que deveria estar a funcionar “a partir de março” deste ano – o ministro da tutela disse que, das conversas que manteve com o conselho, foi que “a obra estaria concluída para ser entregue agora”.

“E depois há toda a parte de transferência, há toda a parte de compra de equipamento. Não sei se será exatamente essa data [março de 2014]. Mas a parte do edifício, a informação que tínhamos é que seria concluída penso que será isso que será cumprido”, garantiu.

Sobre a questão dos tempos de espera nas urgências, Paulo Macedo reiterou que a estrutura em Portugal “responde”, considerando, no entanto, que não deveria haver “a repetição de episódios de picos”.

De acordo com o ministro, ao longo dos 15 dias em que estiveram a monitorizar as urgências do país, foram evidenciados “alguns picos, designadamente a partir do natal” mas a resposta foi “muito adequada”.

“Os doentes urgentes – vermelhos e laranjas – ou são atendidos de imediato ou têm esperas mínimas”, garantiu.

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar S. João, António Ferreira, esclareceu que o hospital se orgulha “muito dos profissionais que tem no serviço de urgência e que ao contrário do que hoje foi divulgado conseguem – pelo menos pelos dados divulgados ao meio dia de hoje – ter para os doentes muito prioritários zero minutos de espera, para os doentes prioritários zero minutos de espera, para os doentes com prioridade intermédia 39 minutos e os doentes com código azul 157 minutos de espera”.

“Estou a falar de algo que me chegou, por via da imprensa, a respeito de uma informação de que haveria tempos de espera de três horas no Hospital S. João, o que de facto não corresponde à realidade”, disse.

 

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