Coimbra

Óbito/Veiga Simão: Paulo Portas destaca defesa de transição suave para evitar revolução

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 03-05-2014

O líder do CDS-PP destacou o papel do antigo ministro Veiga Simão, que morreu hoje, na defesa de uma transição suave do regime autoritário para o democrático em Portugal, evitando uma revolução, o que “não foi possível”.

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“Veiga Simão faz parte de uma geração que procurou que Portugal fizesse uma transição de um regime autoritário para um regime de liberdade, suavemente, serenamente, e ter-se-ia evitado um processo revolucionário. Infelizmente, não foi possível”, disse Paulo Portas.

Segundo o também vice-primeiro-ministro, que falava aos jornalistas em Beja durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, Veiga Simão “teria defendido” aquela transição, mas “a verdade é que ela não aconteceu e tivemos um processo revolucionário com todas as suas sequelas”.

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“É uma pessoa que respeito, independentemente da [sua] evolução ideológica posterior”, disse Paulo Portas, destacando também as ideais que Veiga Simão tinha “sobre como transformar” a relação de Portugal com África e o regime político português.

Veiga Simão, que morreu hoje, aos 85 anos, vítima de doença prolongada, foi o último ministro da Educação do Estado Novo, antes do 25 de Abril, tendo lançado uma profunda reforma no ensino, que ficou conhecida como a “reforma Veiga Simão”.

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Licenciado em Físico-Química pela Universidade de Coimbra e doutorado em Física Nuclear na Universidade de Cambridge, Veiga Simão foi professor e reitor da Universidade de Lourenço Marques na década de 1960.

Depois da revolução dos Cravos foi deputado socialista pela Guarda, ministro da Energia (1983-1985) no Governo de Mário Soares e da Defesa Nacional (1997-1999) quando era primeiro-ministro António Guterres

O velório de Veiga Simão realiza-se na igreja Santa Joana Princesa, em Lisboa, a partir das 18:00 de hoje, e o funeral no domingo para o cemitério do Alto de São João.

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