Coimbra

Mostra de arquitetura norueguesa em Coimbra pode “ser uma lição” para Portugal

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 16-04-2014

A exposição “Arquitetura Contemporânea Norueguesa” estará em Coimbra entre 24 de abril e 23 de maio e poderá ser “uma lição” para Portugal usar a arquitetura como uma forma de exportação, disse hoje fonte da organização.

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“Nos últimos anos, a Noruega conseguiu lançar para o mundo a sua arquitetura e transformá-la numa indústria de exportação” através de políticas do Estado, explicou Nuno Grande, docente do Colégio das Artes e do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, as duas entidades que, em conjunto com a Embaixada da Noruega, organizam a exposição que irá estar presente no Colégio das Artes.

De acordo com o professor de Arquitetura, Portugal “tem grandes arquitetos, que fazem o seu trabalho lá fora apenas por iniciativa própria”, considerando que seria “importante o Governo português estabelecer parcerias e olhar para a arquitetura e para o seu potencial exportador”.

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A “grande conquista da Noruega” na sua internacionalização foi possível porque o “país apoia a participação dos seus arquitetos em prémios, concursos e projetos internacionais”, realçou.

Nuno Grande aclarou que a exposição “circula por toda a Europa”, sendo a presente a sétima edição da mostra de arquitetura contemporânea, com as obras selecionadas pelo Museu Nacional de Arte da Noruega, focando-se nos trabalhos realizados entre 2009 e 2012.

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Na exposição, estarão presentes “planos técnicos, fotografias e maquetes” de 38 trabalhos da arquitetura norueguesa, que, segundo o docente, se caracteriza por uma “ligação muito forte com a paisagem”, havendo sempre “uma experimentação que liga o paisagismo, a arquitetura e a arte”.

Para além da ligação ao espaço natural, a arquitetura norueguesa “mostra uma grande mestria no uso dos materiais artificiais e utiliza, na construção das obras, uma mistura entre técnicas tradicionais e formas muito inovadoras”, referiu.

Das obras que estarão na exposição, o docente destaca a Ópera e Ballet da Noruega, em Oslo, do coletivo Snøhetta, que se “tornou o grande símbolo” da arquitetura daquele país.

“É um edifício em frente a um fiorde, que cria uma relação entre a água e a terra” e que se afirma como “um edifício democrático porque, apesar de ser uma ópera, que está ligada a uma cultura de elite, o seu telhado é um enorme espaço de deambulação que beneficia toda a cidade”.

A exposição é inaugurada a 24 de abril, às 17:30, pelo embaixador da Noruega em Portugal, Ove Thorsheim, e pela curadora do Museu Nacional de Arte, Arquitetura e Design da Noruega, Eva Madshus.

 

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