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Mais uma conferência de imprensa sobre o mito urbano chamado Metro Mondego

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 10-04-2014

 

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Os presidentes da Câmaras Municipais de Miranda do Corvo, Coimbra e Lousã.
                                        Os presidentes da Câmaras Municipais de Miranda do Corvo, Coimbra e Lousã

Os presidentes das câmaras de Coimbra, Lousã e Mirando do Corvo afirmaram-se hoje “indignados” com a não inclusão do Metro Mondego (MM) na lista de 59 investimentos prioritários no âmbito do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas.

A decisão revela “um desprezo evidente, por parte do Governo, para com as comunidades municipais de Coimbra”, sustentou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, durante uma conferência de imprensa em que também participaram os presidentes dos municípios da Lousã e de Miranda do Corvo, Luís Antunes e Miguel Batista, respetivamente.

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“Constatamos com grande preocupação” que, de acordo com o documento divulgado no Portal do Governo, no dia 08 de abril, “o sistema de mobilidade do Mondego (SMM) não se encontra na lista de investimentos prioritários”, apesar do “compromisso político, diversas vezes afirmado” e “assumido pelo atual Governo”, sublinhou Manuel Machado.

Para o presidente da Câmara de Coimbra, que falava em nome dos três autarcas, “o Governo não está a ter em conta” que pode reaver cerca de 80% do “investimento já realizado e pago” (superior a 100 milhões de euros) no SMM, que representa cerca de 80 milhões de euros.

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A União Europeia entregará aquele montante, se Portugal apresentar o projeto e se se comprometer a executá-lo, explicou o autarca, adiantando que aqueles 80 milhões de euros correspondem ao valor que o Estado português tem de investir para concluir a obra, que tem assegurada a comparticipação de fundos comunitários.

O Governo entende que “são necessários mais estudos” para avançar com o empreendimento, o que significa que “está a menosprezar os estudos que encomendou e pagou”, disse Manuel Machado, sustentando que “basta de estudos” sobre uma obra que “tem estudos e mais estudos”, foi “reconhecida pelo próprio Governo estar em condições de ser elegível a fundos comunitários” e cuja “candidatura está pronta”.

Além de “não se perceber porque é que o Governo persiste em não beneficiar de 80 milhões de euros”, o adiamento da conclusão da instalação do metropolitano ligeiro de superfície no antigo Ramal da Lousã e sua ligação a Coimbra, designadamente à estação ferroviária de Coimbra B e aos Hospitais da Universidade, “representa um prejuízo social grave”.

O MM não significa “esbanjamento de dinheiros públicos”, é “um projeto sustentável” e “fundamental não só para Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, mas para toda a região”, defendeu o presidente da Câmara de Coimbra.

“Não vamos desarmar”, assegurou Manuel Machado, considerando que “não há tempo para mais evasivas” por parte do Governo, cujos “compromissos políticos têm de ser honradamente cumpridos – deixa-nos indignados vir agora dizer que tem de estudar” o projeto.

Salientando a sua “indignação e estupefação”, o presidente da Câmara da Lousã estranha “o silêncio do Governo”, designadamente em relação aos seus pedidos de esclarecimento e de audiência para tratarem deste assunto.

“A relação de confiança que existia” entre os três municípios e o Governo “tudo indica que está quebrada, a não ser que [o Governo] emende a mão”, acrescentou Luís Antunes, enquanto o seu homólogo de Miranda do Corvo alertou para “o sentimento de grande revolta das populações” que a situação está a provocar.

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