Coimbra

Líder da UGT considera que é o “desespero e a frustração” que leva jovens a quererem emigrar

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 10-12-2013

O líder da UGT, Carlos Silva, considerou hoje que é o “desespero e a frustração” que levam a maioria dos jovens portugueses a manifestarem vontade de emigrar porque não veem “expectativas de futuro” em Portugal.

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Segundo um estudo internacional encomendado pela seguradora Zurich, publicado hoje pelo Jornal de Notícias, 57 por cento dos jovens portugueses entre os 15 e os 24 anos pretende emigrar em busca de emprego.

“Este estudo demonstra desespero e frustração dos jovens portugueses que não veem expectativas de futuro no seu país. E isso é dramático, porque sem juventude, sobretudo uma juventude altamente qualificada como a desta geração, não há país que sobreviva”, disse Carlos Silva.

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O secretário-geral da UGT falava esta manhã à agência Lusa, em Miranda do Corvo, onde se deslocou para reunir com a Câmara Municipal e visitar a empresa Piclima e a Misericórdia de Semide, com o objetivo de conhecer os problemas dos trabalhadores e das suas empresas, particularmente o modo como estas estão a lidar com as atuais dificuldades.

Para Carlos Silva, o estudo conclui que “qualquer governo, e este em particular, têm o dever e a obrigação patriótica de encontrar soluções para manter os seus jovens em Portugal”.

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“Há que criar emprego, promover o crescimento económico, o investimento em Portugal e a confiança na economia porque é a única forma de gerar expectativas futuras e criar emprego”, sublinhou.

Sobre o crescimento de 0,2 por cento da economia portuguesa no terceiro trimestre, face ao trimestre anterior, o secretário-geral da UGT disse que “é um sinal que pode revelar indicadores positivos para o próximo ano, mas ainda pouco para o momento que o país está a atravessar”.

“Entendo que o crescimento económico, embora muito tímido, possa ser um bom prenúncio para 2014 e, portanto, esperemos que seja possível compaginar os grandes sacrifícios que os portugueses fizeram ao longo destes dois anos e meio, e que vão fazer em 2014, com o vislumbramento de alguma luz ao fundo do túnel”, frisou o sindicalista.

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