Política

Laranjada!

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 15-10-2014

Demissão da maioria dos membros da concelhia de Coimbra da Juventude Social Democrata obriga Alexandre Abrantes, o presidente da estrutura local, a sair de cena.

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NDC apurou que as eleições para eleger a nova concelhia foram marcadas para 7 de novembro, entre as 17:00 e as 23:00, sendo aceites candidaturas até ás 23:59 da véspera do acto eleitoral.

André  Morais, estudante de Direito e vogal da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, já manifestou a intençao de se candidatar.

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Para saber o essencial do que se está a passar no seio da JSD, NDC falculta a leitura da Acta da última reunião na Lourenço de Almeida Azevedo.

ACTA
———–Aos vinte e oito dias do mês de Setembro de 2014, pelas quinze horas, reuniu-se o plenário de militantes da Juventude Social-Democrata da Concelhia de Coimbra, na sede do PSD Coimbra, sob a presidência de André Filipe Morais, secretariado por Inês Madeira Santos, para dar cumprimento à seguinte ordem de trabalhos:-

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1. Discussão da linha política para o biénio 2014/2015;
2. Discussão e aprovação do regulamento eleitoral;
3. Discussão e aprovação de um modelo dos órgãos executivos da Concelhia;
4. Outros assuntos.

 O presidente da mesa comunicou uma alteração dos assuntos a tratar pelo facto de ter recebido diversas cartas de demissão de membros da Comissão Política nas últimas 48 horas, que, por serem em número superior a metade dos membros da CPC, implicam, segundo o artigo 114º 1) b dos Estatutos da JSD, a perda de mandato do órgão.
 O militante Rui Falacho Almeida interpelou a mesa para serem mantidos os pontos da ordem de trabalhos, visto a alteração não ter sido comunicada com a devida antecedência.
 Assim, a mesa deliberou, numa solução de compromisso e entendimento entre todos, que os assuntos a tratar se manteriam, sugerindo que a sua ordem fosse alterada, o que foi aprovado por unanimidade pelos presentes.
4) Outros assuntos:
 O presidente Alexandre Abrantes referiu que, de acordo com os Estatutos da JSD, deve haver existir uma “colaboração bidireccional” entre os membros dos órgãos, considerando que tal não se verificou, após a demissão da maioria da sua equipa. Por este facto, afirmou e entendeu não fazer sentido manter-se no plenário, abandonando a sala.
 O militante Rui Falacho Almeida perguntou, perante a situação, se havia ainda concelhia em funções.
 O presidente da mesa referiu que, de acordo com a interpretação que faz dos estatutos (artigo 114º 1), o órgão perdeu o mandato pelo facto de mais de metade dos elementos da equipa terem apresentado demissão.
 Diogo Rodrigues considerou que os estatutos não são claros relativamente aos “titulares de cargos”, e por isto não concorda com a decisão da mesa, achando que deve ser pedido um parecer ao Conselho de Jurisdição Nacional.
 André Morais acrescentou que já foi aberto o processo na Comissão Eleitoral Independente que conduzirá à realização de eleições. Seguidamente, como militante da Concelhia, apresentou uma declaração política, afirmando que, ao tomar conhecimento das demissões, procurou esclarecer as questões que conduziram a maioria dos membros a apresentarem-na. De seguida apresentou-se como candidato à presidência da Comissão Política de Secção, explicando aos militantes quais os motivos que o levam a candidatar-se.
 Os seguintes militantes pronunciaram-se sobre o assunto:
 Diogo Fagundes interveio, afirmando que se demitiu porque discordou da decisão da equipa permanente da CPC aquando da substituição não comunicada do Vice-Presidente Diogo Ferraz. Condenou também a falta de agenda política da JSD-Coimbra para a cidade e manifestou apoio ao companheiro André Morais.

 João Gil justificou a sua demissão por motivos semelhantes e manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 Gonçalo Simões referiu como motivos da sua demissão o facto de o presidente não ter assumido erros, e de por ele não ter sido condignamente tratado. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 João Pedro Santos afirmou demitir-se por motivos de participação em candidatura a órgãos da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, acrescentando que o desempenho da Concelhia foi nulo nos últimos tempos.
 Duarte Canhão, embora não integrasse a Comissão Política de Secção, afirmou compreender os motivos que levaram grande parte da equipa à demissão. Considera que as querelas pessoais foram fatais durante o mandato. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 Manuel Tovar justificou a sua demissão da Coordenação do Gabinete de Estudos Concelhio mencionando um episódio relativo ao Núcleo de Estudantes Sociais Democratas da Universidade de Coimbra – afirmou ter sido forçado pelo presidente a retirar uma lista candidata à Assembleia Geral do órgão, contrariamente à vontade da maioria da equipa de CPC. Referiu ainda o défice de relação e comunicação com a cidade e os estudantes e as questões internas como factores de insucesso. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 Helena Grangeia demitiu-se também e considerou que o problema é não a falta de capacidade da equipa, mas a falta de coesão e direcção nos objectivos, afirmando que sentiu falta de envolvimento no órgão.
 Henrique Candeias interveio para referir que, quando entrou para a JSD, tinha a expectativa de debater questões fulcrais mas, no último ano, viu uma JSD parada e sem voz. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 Rui Falacho Almeida pediu à Mesa do Plenário para mencionar os nomes de todos os outros membros que se demitiram, pedido que foi prontamente acedido pelo Presidente. Interpelou ainda os presentes no plenário para pedir que se apresentasse factos que tenham motivado as demissões, alegando que ouviu argumentos não factuais, abstractos e pouco concretos.
 João Parreira, responsável pelo Gabinete do Ensino Secundário, demitiu-se e justificou-o com o facto de o presidente não ter tido um projecto durante o último ano, ou não o ter concretizado. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.
 Manuel Tovar pediu à mesa que esclarecesse os Estatutos relativamente às condições para a demissão da Comissão Política, para a eventual subida de suplentes e para a marcação de eleições, pedido a que o presidente acedeu, clarificando assim os trâmites.
 Fernando Gomes felicitou o plenário pela forte adesão e lamentou a falta de militantes que houve, por vezes, nas actividades da Comissão Política. Espera uma JSD mais forte e com mais ideias no futuro, pois esta “está pior que há dez anos”, considerando que a culpa é de todos.
 Carolina Patrício demitiu-se de Secretária-Geral, afirmando a inexistência de soberania da Comissão Política, uma vez que o presidente se sobrepunha a militantes e as decisões tomadas não tinham seguimento. Manifestou apoio ao companheiro André Morais.

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1)Discussão da linha política para o biénio 2014/2015
 Dino Alves pediu a palavra para informar que estará ausente do país nos  próximos cinco meses. Como deputado municipal indicado pela JSD Coimbra,  lamentou a falta de apoio que teve, até ao momento, no desempenho das suas
funções na Assembleia Municipal. Apesar da ausência, prevê estar presente nas  próximas reuniões do órgão para o qual foi eleito, pedindo ainda apoio aos  militantes presentes no plenário para desempenhar as funções daí em diante.
 A Mesa do Plenário deu informações acerca do congresso da JSD a realizar a 12,  13 e 14 Dezembro de 2014, no  concelho de Braga, realizando-se as eleições para  os Delegados a 7 de Novembro de 2014.
 Fernando Gomes sugeriu a criação de um conselho consultivo concelhio, uma  figura próxima daquela que prevêem os estatutos da JSD.
 Dino Alves esclareceu que esse conselho consultivo substitui o plenário  concelhio e não seria necessário pelo facto de as presenças em Plenários nunca  espelharem as várias centenas de militantes filiados na Concelhia, o que, a  suceder e por questões de operacionalidade do órgão, justificaria a opção pelo  Conselho Concelhio;
 Fernando Gomes esclareceu que se referia a um órgão para reunir, consultar,  ouvir e trazer membros de outras organizações do concelho para que sejam  debatidos diversos temas com os militantes, não tanto para substituir
completamente o Plenário.
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Os pontos 2 e 3 não foram discutidos pelo facto de contemplarem decisões que, dadas  as circunstâncias acima mencionadas, não era oportuno serem debatidas, não tendo  também havido qualquer inscrição por parte dos presentes.
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E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim que a secretariei.
O Presidente da Mesa do Plenário: André Filipe Morais
A Secretária da Mesa do Plenário: Inês Madeira Santos

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