Empresas
Juiz estranha que SGPS de milionário seja (aparentemente) administrada como se fosse uma pequena empresa gerida por alguém com a 4ª classe
João Paulo de Freitas da Cunha Ferreira, administrador da Ideal Tower e Royal Mondego, sociedades que integram o conglomerado empresarial do milionário Carlos Dias, que detém o hospital Idealmed e outros activos na área da saúde e vinhos, foi esta manhã ouvido no Palácio da Justiça de Coimbra no âmbito de um processo movido pela Edimarante as duas primeiras empresas.
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A Edimarante quer receber cerca 3 milhões de euros. Reclama esse montante por ter efectuado grandes obras de construção civil na Quinta da Pedra (da Idealdrinks) em Monção e na sede da holding Ideal Tower, na Quinta do Seminário, em Casais do Campo (Coimbra), invocando que confiou na palavra de Carlos Dias para não ter passado a transacção para o papel.
João Paulo de Freitas da Cunha Ferreira, irmão de José Alexandre, mais conhecido em Coimbra por administrar a unidade de saúde de Coselhas, foi parco em declarações, tendo dado a entender que não tinha conhecimento de quase todos os pormenores do negócio, pois teria confiado o processo de selecção do empreiteiro e fiscalização dos “restauros” à empresa VHM, que depois contratou a Edimarente.
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O administrador reconheceu que é ele que “costuma assinar”, que recrutou a VHM porque tinha confiança neles, acrescentando que nunca quis gastar mais do que 300 000 Euros nas obras de restauro, para depois salientar que não existia contrato escrito, que não conhecia o caderno de encargos, que não sabia quais as obras que seriam feitas com base naquele orçamento, que se lembra de ter dado um adiantamento de cento e tal mil Euros…
Tanto desconhecimento levou mesmo o juiz a recordar ao braço direito de Carlos Dias é uma SGPS e não uma empresa gerida por alguém com a 4ª classe, pelo que estranhava tanta informalidade.
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