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Política

José Sócrates detido

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 22-11-2014

A Procuradoria-Geral da República tornou público que no âmbito de um inquérito, dirigido pelo Ministério Público e que corre termos no  Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e onde se investigam  suspeitas dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, na  sequência de diligências, desencadeadas nos últimos dias, foram efetuadas  quatro detenções.

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Entre os detidos encontra-se José Sócrates, detenção que ocorreu durante a noite desta sexta-feira, quando o antigo Primeiro Ministro chegava ao Aeroporto de Lisboa, proveniente de Paris a bordo de um avião da Air France.

Três dos detidos foram presentes ao juiz de instrução criminal durante o dia de sexta-feira,  sendo que os interrogatórios serão retomados este sábado. Também este sábado, o  quarto arguido será presente ao juiz de instrução.

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Foram ainda realizadas buscas em vários locais, tendo estado envolvidos nas diligências  quatro magistrados do Ministério Público, e sessenta elementos da Autoridade Tributária e  Aduaneira e da Polícia de Segurança Pública (PSP), entidades que coadjuvam o Ministério  Público nesta investigação.

O inquérito, que investiga operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível, encontra-se em segredo de justiça.

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A PGR esclarece  que esta investigação é independente do denominado inquérito Monte Branco, não tendo tido origem no mesmo.

A detenção de José Sócrates surge depois de buscas ao Grupo Lena, que chegou a ser o maior fornecedor do Estado e vendeu o diário As Beiras à Fapricela e o jornal i a testas de ferro de interesses angolanos.

O  conglomerado de Leiria já disse que nenhum dos “apanhados” faz parte do grupo, mas Carlos Santos Silva, ex-administrador de empresas dos Barroca, é segundo o Sol, um dos detidos.

O SOL apurou que ao longo dos anos em que foi governante, o ex-primeiro-ministro conseguiu obter uma fortuna de cerca de 20 milhões de euros, que colocou num banco na Suíça em nome em de CSS, que seria “uma barriga de aluguer” do seu amigo desde os tempos da Covilhã.

Outro dos detidos será Lalanda de Castro,  da empresa Octapharma, os patrões de Sócrates, alegadamente envolvido num esquema que permite ao seu colaborador branquear montantes através de contratos e facturas de conveniência.

O jornal do arquitecto Saraiva também revela, numa investigação de Felícia Cabrita,  que Carlos Santos Silva contribuiu para o êxito do livro de José Sócrates, tendo “retirado de uma conta do BES os montantes necessários para que ele e o seu advogado (Gonçalo Ferreira, que ontem também foi alvo de buscas)” comprarem milhares de exemplares da obra  A Confiança no Mundo –  Sobre a Tortura em Democracia.

José Sócrates saiu do Departamento Central de Investigação e Acção Penal quando passavam 19 minutos da uma da manhã, ia numa viatura com mais 3 pessoas, supondo-se que foi conduzido à ala prisional da PJ, em Lisboa.

O momento foi registado pela CM TV, numa altura em que a RTP Informação tinha deixado de acompanhar o caso e Ricardo Costa comentava  SIC Notícias e e TVI 24 apresentava imagens de arquivo.

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