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ISCAC quer sair do IPG

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 04-04-2014

O Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) criticou hoje o subfinanciamento e a alegada apropriação de verbas suas por parte do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), ponderando a autonomização, caso o “tratamento injusto” continue.

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A “gota de água” foi a proposta de apropriação de 473 mil euros do saldo acumulado do ISCAC por parte do IPC, afirmou o presidente do Instituto de Contabilidade, Manuel Castelo Branco, durante uma conferência de imprensa hoje à tarde, informando também que, devido a essa mesma proposta, houve um “corte de relações institucionais com o presidente do Politécnico”, Rui Antunes.

Até às 18:00, não foi possível obter uma reação do presidente do IPC, Rui Antunes.

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Segundo Manuel Castelo Branco, o presidente do IPC tem tratado “de forma injusta” o instituto de contabilidade, sentindo que o Politécnico “quer empurrar o ISCAC para fora”.

Manuel Castelo Branco disse à comunicação social presente que é do saldo acumulado de 1,5 milhões de euros que o presidente do IPC “vai roubar 500 mil euros para fazer uma cantina fora do espaço do ISCAC”, na Escola Agrária, também pertencente ao Politécnico.

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“A possibilidade de ampliar o bar do ISCAC para uma cantina teria um custo muito mais baixo”, defendeu, acrescentando que o saldo acumulado nos últimos anos estava “pensado ser aplicado num novo edifício”, devido à falta de salas de aula que o instituto apresenta.

De acordo com dados apresentados na conferência de imprensa, o Instituto de Contabilidade de Coimbra é o que tem um financiamento por aluno menor das seis escolas e institutos que compõem o Politécnico, apresentando um financiamento de 1.364 euros por aluno.

O valor do Orçamento do Estado (OE) distribuído ao ISCAC pelo Politécnico “é menor que o distribuído à Escola Superior de Educação”, que tem sensivelmente o “mesmo número de alunos”, referiu Manuel Castelo Branco, salientando que a receita proveniente do OE apenas cobre 63% das despesas com pessoal, sendo “a percentagem mais baixa das seis instituições”.

“A escola é subfinanciada e ao mesmo tempo conseguiu fazer poupanças porque sacrificou alunos, professores e funcionários”, com a não renovação de quadros, aumento da carga horária dos docentes e sobrelotação das salas de aula, aclarou.

Para além do subfinanciamento e da apropriação de quase meio milhão de euros do saldo do ISCAC, o presidente sublinhou ainda que “Rui Antunes tem vetado e dificultado a criação de novos cursos”.

Manuel Castelo Branco frisou que o ISCAC pretende continuar dentro do IPC, contudo, “caso o comportamento desleal” persista, irão ponderar a autonomia do instituto.

“Esperemos que o Conselho Geral do IPC seja sensível a esta situação e reprove a proposta”, acrescentou.

Na segunda-feira está marcada uma Assembleia Geral do ISCAC para que todos os alunos, docentes e funcionários sejam informados da atual proposta.

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