Médicos

Federação Nacional dos Médicos elege manutenção do Serviço Nacional de Saúde como grande desafio

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 15-12-2013

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Maria Merlinde Madureira, assegurou hoje que um dos “grandes objetivos” daquela estrutura é manter o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como “pilar e garante” da qualidade nos serviços prestados.

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“Somos acérrimos defensores do SNS e da acessibilidade a todos e orientamos-nos pelo princípio de que os direitos e deveres dos médicos são perfeitamente compatíveis com os direitos e deveres dos cidadãos”, disse à agência Lusa a médica, que iniciou hoje funções à frente da FNAM.

Merlinde Madureira, assistente graduada no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e presidente do Sindicato dos Médicos do Norte, sucede a Sérgio Esperança na presidência da FNAM.

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Em declarações à agência Lusa, salientou que o papel dos médicos na manutenção do SNS passa por manter a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, destacando “os ataques sucessivos e sub-reptícios, a desregulamentação e as alterações de gestão” que procuram “destruir” a saúde pública.

Alertou, no entanto, que para se manter o nível de qualidade é necessário o reconhecimento das carreiras médicas.

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“Precisamos que os médicos se sintam bem, responsáveis e recompensados no SNS, não só na questão material, mas também nas condições de trabalho, direito à carreira e progressão técnica”, sublinhou Merlinde Madureira.

No futuro, disse a dirigente sindical, a FNAM vai também lutar pelos concursos médicos “a todos os níveis” e defender a reforma dos cuidados primários de saúde, que “são a base de um serviço de qualidade”.

Segundo a líder da estrutura, é necessário criar mais Unidades de Saúde Familiar e unidades de cuidados personalizados e definir políticas de saúde pública que, na sua opinião, não está a ser efetuada pelos técnicos desta área, o que tem levado a “encerramentos de serviços e à criação de outros que não deviam” ter acontecido.

Merlinde Madureira defendeu, ainda, que o sindicato vai lutar para que nas unidades de saúde privada, sobretudo naquelas que têm acordos com serviços públicos do Estado, existam carreiras médicas, “porque isso é importante” para a qualidade.

A liderança da FNAM tem vindo a ser ocupada, de forma rotativa, pelos presidentes dos sindicatos que integram a federação.

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