Desporto

Ex-atletas do Futsal da AAC acusam apoiante do presidente da AAC/OAF

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 29-08-2014

O fim da equipa sénior masculina de Futsal da Académica continua a gerar longos comunicados. Depois de Bruno Matias, o presidente da  Direcção Geral da AAC  ter anunciado o abandono da competição, ele e o anterior presidente, Ricardo Morgado, foram acusados por João Almeida e Filipe Januário, responsáveis pela pró secção, de negligência e incompetência.

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Chegou a vez de ex-atletas se pronunciarem. A ocasião é aproveitada para culpar Filipe Januário, apoiante de José Eduardo Simões na AAC/OAF, que recorde-se, conseguiu “despachar” o Futsal da AAC/OAF  para a AAC.

Comunicado dos ex jogadores da pró – secção de Futsal da Associação Académica de Coimbra:

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Consideramos que, depois do anúncio oficial que determina o fim da equipa sénior do futsal da Académica, se devem tecer algumas considerações e esclarecimentos.

Importa, antes de mais, destacar que foi, para nós, um enorme prazer e uma honra representar, ao longo de 6 meses, a grande Académica, na Primeira Divisão Nacional do Campeonato de Futsal. Sabíamos, desde o início, que a tarefa que íamos enfrentar era extremamente difícil, ainda assim, aceitámos o desafio com o compromisso de dar o nosso melhor e dignificar o melhor possível o nome e a imagem da Académica.

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Ainda que desportivamente não tenhamos alcançado o objectivo da permanência, não temos dúvidas de que demos o melhor que tínhamos e sabíamos, sempre com o objectivo de elevar o nome da Académica por esses campos fora. Em várias ocasiões fomos elogiados pelos nossos adversários, que enalteceram a vontade e dedicação com que vestíamos as cores do nosso clube. Contudo, não foi somente vontade e esforço que apresentámos ao longo dos jogos pois, por diversas vezes, fomos capazes de proporcionar bons momentos de Futsal, muitas vezes contra verdadeiros profissionais da modalidade, sendo que, em diversas partidas,disputámos até ao fim o resultado final.

Efectivamente, foi para todos uma experiência inesquecível e que, certamente, nunca iremos olvidar. Assim, e por tudo isto, o sentimento de hoje é o de dever cumprido e o de uma enorme gratidão para com a Associação Académica de Coimbra.

Depois de esclarecido este ponto importa, agora, prestar alguns esclarecimentos ao universo Academista sobre o que se passou nos últimos dois meses.

No final da época, meados de Maio, vivia-se um clima de incerteza quanto ao futuro do Futsal. Foi então que, o nosso director geral – João Almeida – deu a conhecer a toda a equipa (depois do final de um jogo) a existência de um acordo com o actual Presidente da Académica O.A.F., José Eduardo Simões – na altura em fase de campanha eleitoral.

Esta notícia foi transmitida como sendo sinónimo da continuação de todo o Futsal da Académica. Apesar da incerteza, a esperança e a confiança na continuidade do Futsal falavam mais alto, principalmente quando um dos elementos da direcção do Futsal, Filipe Januário, fazia parte da lista do actual Presidente da Académica O.A.F.

Hoje, olhando para trás, não é difícil chegar a uma de duas conclusões: ou esse acordo nunca existiu; ou alguma das partes não cumpriu com o acordado, faltando à verdade.

Logo após o final do campeonato o nosso director geral, João Almeida, aceitou o convite para assumir o cargo de Seleccionador Nacional do Bahrein. Ao aceitar este desafio a única coisa que se impunha ao nosso director geral, na nossa humilde opinião, era uma correcta passagem da pasta. Todavia, e apesar de alguns erros que o próprio já assumiu no seu percurso na Académica, salientamos o seu esforço e dedicação ao longo destes meses. Resta-nos desejar-lhe as melhores felicidades nesta sua nova aventura.

Depois da sua saída o Futsal da Académica ficou sob a responsabilidade e nas ”mãos” do Filipe Januário (membro da lista de José Eduardo Simões).

Era óbvio que a posição do Filipe Januário não seria fácil, na medida em que nunca foi uma pessoa ligada ao Futsal: além de não conhecer minimamente o meio, teve uma agravante pois, ao longo destes seis meses nunca foi capaz de ciar uma relação com jogadores, dirigentes, e técnicos da Académica Futsal. A título de exemplo destacamos o facto de nunca ter comparecido num treino de equipa (desde Janeiro até Maio).

Ainda que a sua tarefa fosse realmente difícil, parece-nos que, já que aceitou o papel de ser o responsável pelo Futsal, a pessoa em causa teria, no mínimo, que dar continuar algumas tarefas base: nomeadamente a angariação de patrocínios e marcação de reuniões com dirigentes, e técnicos do Futsal, desde os escalões de formação aos seniores e femininos, de forma a planear a próxima época. No entanto, infelizmente para todos os jogadores e dirigentes, não foi isso que se passou, muito pelo contrário!

A verdade é que, desde que o director geral abandonou as suas funções, finais de Maio até aos dias de hoje, o mesmo nunca reuniu com os restantes elementos do Futsal, nunca realizou uma reunião preparatória da nova época, nunca procurou apoios e nunca procurou ajuda dos elementos ligados ao futsal. Ainda mais grave que esta falta de acção é o facto de, durante todo este período, ou seja, finais de Maio até finais de Julho, nunca se ter dignado sequer a atender o telefone a jogadores, técnicos e outros dirigentes.

Estes elementos, ao não terem notícias do Futsal e ao verem-se perante a incerteza do que seria a nova época, telefonaram inúmeras vezes a Filipe Januário no sentido de obter notícias do estado da situação e com vista a ajudar no que fosse preciso. Contudo, este nunca atendeu nem devolveu as chamadas. Para além disso, o Director de equipa, Dr. Cordeiro terá, alegadamente, logo no final da época, falado com Filipe Januário de forma a agendarem uma reunião para debater aspectos relacionados com a nova época sendo que essa reunião nunca chegou a acontecer. Ao longo de dois meses, Filipe Januário esteve sempre incontactável, mesmo para com o outro responsável do Futsal.

Resumindo, desde o final da época que a pessoa responsável pelo futsal não realizou nenhuma das funções que lhe competia e, pior que isso, não permitiu sequer que os restantes elementos ligados ao Futsal pudessem opinar ou sequer ajudar a encontrar soluções. Se Filipe Januário não tinha competência ou vontade de dar continuidade ao futsal então que, pelo menos, permitisse a entrada de pessoas que tivessem essa vontade e que estivessem dispostas a lutar pela continuação do futsal da Académica.

Na realidade dos factos, o futsal da Académica ficou completamente ao abandono: sem responsável, sem cara, sem ninguém que lutasse pelos seus interesses.

Prova desse abandono é o facto do Presidente da Associação Futebol de Coimbra ter tentado por diversas vezes contactar o responsável pelo futsal – por causa do prazo para a inscrição da equipa da Académica futsal (seniores, formação e feminino) nas provas oficiais (prazo esse que expirou) – mas sempre sem sucesso, pelo que contactou a secção de futebol da A.A.C.! O futsal da Académica esteve ao longo de dois meses semrosto, sem orientação, sem rumo.

A única vez que Filipe Januário contactou a equipa técnica e os jogadores da equipa sénior da Académica foi para os informar da decisão de acabar com o escalão sénior do futsal, tendo essa informação sido dada da forma menos digna possível:

através do grupo da equipa no Facebook! Lamentavelmente, não teve a seriedade de marcar uma reunião com todos os elementos da equipa ou ligar a cada um a dar a notícia. Nem os jogadores, nem o técnico, nem o corpo médico e demais dirigentes mereciam, de todo, este tratamento.

No dia seguinte a ter lançado a notícia que anunciava o fim da equipa sénior, Filipe Januário publicou no grupo atrás referido o seguinte: “Ainda não nos foi comunicado nada da DG, mas o forcing que fizemos surtiu efeito e estão feitas as inscrições de todos os escalões de formação, sinal que haverá continuidade”.

Filipe Januário faltou claramente à verdade, pois se fosse pelo seu esforço ou empenho hoje a Académica não tinha futsal, nem mesmo os escalões de formação.

Na verdade, Filipe Januário não contribuiu em nada para a inscrição das equipas de formação e feminino.

A inscrição das equipas de formação e feminino de futsal da Académica deve- se exclusivamente às pessoas que assumem hoje o futsal e ao Presidente da Direcção Geral da A.A.C, que logo na primeira reunião se aperceberam da gravidade da situação e contactaram o Presidente da Associação de Futebol de Coimbra, com vista a resolver o problema das inscrições.

Filipe Januário demonstrou, com as suas atitudes, pouca ou nenhuma responsabilidade e maturidade nas acções que desenvolveu. Para o bem da nossa grande Briosa e para todo o universo Academista é desejável que, apesar de ter integrado a lista do actual Presidente da Académica, não exerça funções no nosso querido clube.

Efectivamente, a Académica não precisa no seu seio de pessoas com este tipo de atitudes e comportamentos.

Não obstante todos estes episódios, a secção de futsal da Académica, felizmente, não morreu! Vamos continuar a ter jovens a dar vida ao Pavilhão Jorge Anjinho, uma equipa feminina a vestir a camisola da Académica e uma equipa de juniores Vice- campeã Nacional a lutar numa prova nacional.

Efectivamente, depois da enorme evolução do Futsal da Académica nos últimos anos – o que levou a equipa à Primeira Divisão Nacional – era lamentável que, de um ano para o outro, tudo tivesse sido em vão.

Era uma enorme injustiça para todos os ex-dirigentes, ex-coordenadores, ex- jogadores e ex-treinadores que construíram o Futsal da Académica e o levaram ao maior patamar a nível nacional; era uma enorme injustiça para todos os academistas que vibraram com o Futsal da Académica no pavilhão Jorge Anjinho ao longo de todo o seu percurso, da Terceira à Primeira Divisão Nacional; era uma enorme injustiça para a Mancha Negra que sempre apoiou o Futsal; era uma enorme injustiça para as actuais camadas jovens do futsal da Académica, jogadores, técnicos e dirigentes que, apesar de todas as dificuldades ao longo deste ano obtiveram excelentes resultados; era uma enorme injustiça para todas as raparigas e seus técnicos que iniciaram um projecto ambicioso de Futsal feminino e, por fim e sem qualquer presunção, era uma enorme injustiça para os jogadores e equipa técnica dos seniores que viriam o seu esforço ao longo da época ter sido inglório.

Apesar de tudo, o mais importante é que, para o ano, a Académica vai continuara ter Futsal, nomeadamente formação e femininos, assim não se desperdiça toda uma geração de bons jogadores e técnicos.

Quanto a nós resta-nos agradecer à A.A.C a oportunidade que nos ofereceu de vestir a camisola da Académica sendo que,dada a nossa juventude, esperemos que este momento seja somente um: “Até já!”.

Antes de terminarmos não podíamos deixar de enviar uma palavra de agradecimento a algumas das pessoas que sempre nos acompanharam e que ajudaram em muito o futsal da Académica, nomeadamente ao Nuno, ao Dr. Cordeiro, ao Mona, ao Mariano, ao Pichel, e ao Senhor Rui Dias. Sem eles não tinha sido possível.

É este tipo de pessoas que fazem falta ao futsal da Académica.

Gostaríamos, ainda, de deixar uma palavra de grande apreço e carinho ao nosso Mister André Costa, uma pessoa que sempre acreditou em nós, sempre nos apoiou e com quem aprendemos muitas coisas. Como nós, teve a coragem de assumir um projecto cheio de riscos. O seu empenho e dedicação ao futsal da Académica foram formidáveis. De certeza que, com o seu conhecimento, humildade e honestidade terá sucesso no futuro.

Por fim, desejar as maiores felicidades ao novo responsável pela secção de Futsal da Académica, Arlindo Matos, e a todos os elementos da nova estrutura da secção, agradecendo também ao Presidente da DG da A.A.C, Bruno Matias, por ter apostado e não ter deixado morrer o futsal da Académica, apesar do vazio directivo em que se encontrava.

Viva o futsal

Viva a Académica

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