Coimbra

Emílio Torrão promete acabar com a falta de água em Montemor-o-Velho

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 08-04-2015

Os constrangimentos sentidos no abastecimento de água no fim-de-semana da Páscoa dominaram a última reunião ordinária do Executivo de Montemor-o-Velho,  onde o presidente da Câmara, Emílio Torrão, afirmou que quer um sistema totalmente interligado e deixou críticas à estratégia seguida anteriormente.

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O assunto foi abordado no período antes da ordem do dia, com o vereador e vice-presidente da Câmara, José Veríssimo, a referir a falta de água sentida em alguns pontos das freguesias de Arazede, Seixo de Gatões, Liceia e em Gatões, União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões.
“Eu nunca falei sobre a dívida, mas na minha opinião, o problema não é só a dívida mas a falta de obra, qualidade e manutenção de muitas das obras que estão feitas”, referiu.

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“O furo do Seixo tem cerca de 30 anos e quando se verificaram os problemas foram tomadas providências de imediato. A partir de sexta-feira à noite, ao longo do dia e noite de sábado e até à hora de almoço de domingo, os nossos trabalhadores foram incansáveis na construção de uma conduta de ligação até ao reservatório do Meco, na freguesia de Arazede, para repor o abastecimento de água”, acrescentou José Veríssimo

O vereador Aurélio Rocha, da coligação “Mais por Montemor”, do PPD-PDS/CDS-PP, lamentou o sucedido e destacou que “a situação não é nova, principalmente a falta de água no Seixo”.

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Também o vereador da CDU, Jorge Camarneiro, referiu que “o sistema está obsoleto” e lembrou que, ao longo dos últimos anos foram feitas obras boas e más, mas o que “não houve foi a preocupação de manutenção em vários setores de intervenção do Município”.

O presidente da Câmara, sublinhando que se tratou de uma “situação confusa e delicada”, transmitiu que “a informação inicial era de que havia uma diminuição da pressão da água, originando um decréscimo no abastecimento”, por isso e de imediato o Vice-presidente da Câmara e os serviços tomaram medidas, nomeadamente a tentativa de reativar a captação da freguesia do Seixo de Gatões que tinha sido desativada.

Com a 2ª e única captação da freguesia em risco de colapsar e considerando o aumento exponencial do consumo de água, explicado pela época festiva e pelo subsequente aumento de munícipes em cada domicílio, Emílio Torrão explicou que “uma equipa, composta por 10 trabalhadores e técnicos da autarquia, trabalhou ininterruptamente para construir os 60 metros da conduta que estava em falta para ligar desde o Parque Logístico e Industrial de Arazede (PLIA) até ao Reservatório do Meco, permitindo assim o abastecimento alternativo da rede”.

Recorde-se que a obra em falta está integrada numa intervenção feita exclusivamente com recurso aos trabalhadores municipais, tem quase dois 2 km de extensão e começou a ser feita no final de 2014, destinando-se a servir o PLIA, com ligação ao reservatório do Meco para servir de abastecimento alternativo.

“Esta ligação do PLIA para o Seixo, decisão deste executivo, visava já prevenir este tipo de situação. Se não tivéssemos a conduta a 60 metros, ainda nesta data os munícipes estavam sem água”, advogou Emílio Torrão.

Ao sublinhar que desde que o executivo entrou em funções, e apesar dos enormes constrangimentos financeiros, já foram investidos mais de 300 mil euros na melhoria da captação e redes de água, o edil, ao deixar palavras de elogios aos trabalhadores, defendeu: “A minha preocupação, enquanto presidente de Câmara, é criar uma alternativa, um sistema que, em caso de falhas, possa ser abastecido de outra forma, assegurando um serviço de qualidade”.

“Não há outra solução que não seja fazer outra captação” para resolver as áreas afetadas. “O investimento feito na captação de Tentúgal – furo e tubagens – custou cerca de 28 mil euros e a água é captada a 150 metros; no Seixo, a água vai ter que ser captada entre os 300 e os 350 metros, representando um investimento de 60 mil euros, mas não é isso que nos vai fazer parar”.

Emílio Torrão não poupou críticas à atuação verificada “nos últimos 12 anos” e reiterou: “Não houve estratégia, nem a preocupação mínima em resolver os problemas da água”.

“Tão grave como a dívida é a ausência de planificação, de organização que esta casa teve nos últimos anos, mas espero que nestes 2, 3 anos de mandato deste Executivo que consigamos pôr ordem na casa”, concluiu o líder da autarquia montemorense.

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