Coimbra

Em Montemor-o-Velho também aconteceu Abril

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 25-04-2016
As comemorações  em Montemor-o-Velho do 42º aniversário do 25 de Abril de 1974 e do Poder Local Democrático | 40º aniversário da Constituição da República Portuguesa começaram, às 10:00, na Praça da República, com a cerimónia do hastear da Bandeira ao som do Hino Nacional executado pela banda filarmónica da AMA – Academia Musical Arazedense.
montemor velho
Ao longo da manhã, as diversas intervenções na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, lembraram o 25 de Abril de 1974 e aproveitaram, igualmente, para recordar a evolução do país, do concelho e, ao mesmo tempo, apontar algumas direções possíveis no caminho do desenvolvimento.
A sessão começou com um convite de Fernando Ramos, presidente da Assembleia Municipal: “O silêncio, mais do que ser de ouro, pode traduzir muito mais que mil palavras. Assim, eu gostaria de convidar todos os que estiverem de acordo comigo, para utilizar essa sublime forma de discurso no sentido de homenagear quem nos permitiu estar hoje aqui a comemorar mais um aniversário da Revolução do 25 de Abril, da Constituição da República Portuguesa e do Poder Local Democrático e que, infelizmente, já não esteja entre nós”.
Cumprido o minuto de silêncio, o autarca lembrou o Montemor-o-Velho de há 4 décadas e o de agora e, com uma mensagem de esperança no futuro, terminou com poesia, declamando um soneto de Bocage, intitulado “Liberdade querida e suspirada”, acompanhado por alguns elementos da banda filarmónica da AMA.
montemor
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão, referiu: “Quarenta e dois anos depois, não é uma data redonda para se justificar fazer aqui um balanço da vivência democrática deste país nestes anos que decorreram desde o Ano de 1974, mas é, na minha modesta opinião, o momento para se fazer uma abordagem à ética da e na politica desse tempo decorrido”.
Ao agradecer ao principal legado transmitido pelos seus pais – “um conjunto, bastante bem estruturado, de valores e princípios éticos pelos quais estou eternamente grato e que me impelem sempre a gritar bem alto, que não pactuo, não convivo, não me dou, muito menos suporto pessoas sem ética!” -, Emílio Torrão, sem receios e com alguma ironia à mistura deixou críticas a algumas situações e atitudes, e esclareceu: “Parece um discurso amargo, negativo, cinzento, mas depende de quem ouve, como quer ouvir, ou interpretar… Eu sou igual a mim próprio, não me calo, ninguém me amordaça, sou livre, fraterno e democrata!”
“Relembrar a Revolução de Abril de 1974, só fará sentido, se for para agitar as consciências, o sossego da dormência de alguns, enfim, tem de ser um discurso que se diferencie dos demais, que se faça ouvido, por qualquer razão, depois de ser lido!”, asseverou.

Antes da sessão extraordinária, o momento foi dedicado a homenagear ao Poder Local Democrático.

Na condução da cerimónia preparada pela Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho, em estreita colaboração com a Câmara Municipal, o vice-presidente José Veríssimo sublinhou: “Aos 40 anos juntamos hoje 12 imagens de homens que estiveram à frente dos destinos deste concelho, ao longo das últimas 4 décadas. Aos 40 anos da Constituição da República Portuguesa acrescentamos uma sentida homenagem ao Poder Local Democrático e a todos quantos transformaram a sua vida em prol da causa pública”.

No final das cerimónias, decorreu um almoço de convívio na Associação Cultural Desportiva Recreativa e Social de Quinhendros.

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