Coimbra

Crioestaminal tem de se virar para as estrangeiras

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 13-09-2013

O mercado da criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical caiu 20% em Portugal nos últimos dois anos, o que levou a Crioestaminal a apostar na internacionalização, disse à Lusa o diretor-geral da empresa.

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André Gomes, diretor-geral e presidente da comissão executiva da Crioestaminal, disse à Lusa que “o mercado caiu cerca de 20% nos últimos dois anos”, o que considerou ser “normal, sobretudo, devido à diminuição da natalidade”, mas também devido à “diminuição” do poder de compra.

André Gomes afirmou, contudo, que o mercado está a estabilizar, mas salientou que a Crioestaminal tem “projetos de internacionalização que ajudam a manter o todo da atividade da empresa”, que já está presente em Espanha e em Itália.

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Além destes mercados, a empresa está a analisar outras geografias, “nomeadamente na Europa de Leste e na América Latina”, avançou o responsável, acrescentando ser “bastante precoce” dar mais pormenores.

“Nos próximos três a cinco anos, pretendemos consolidar a nossa posição como segundo maior banco [de células estaminais] a nível europeu e ter uma presença significativa também na América Latina”, disse André Gomes.

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A aposta na América Latina é justificada pela “proximidade linguística com o Brasil e pelo dinamismo do mercado”.

Já a decisão de entrar na Europa de Leste é explicada pela “proximidade geográfica, que permite algumas sinergias”, e também pela existência de mercados que “estão ainda com um dinamismo económico significativo”.

Em Portugal, onde está presente desde julho de 2003, a Crioestaminal vai investir 750 mil euros na expansão do seu laboratório, em Cantanhede, passando a ter capacidade de armazenamento para 300 mil amostras e posicionando-se como o segundo maior banco de sangue do cordão umbilical da Europa.

O diretor-geral da Crioestaminal avançou que a empresa deverá criar entre “10 a 20 postos de trabalho nos próximos três a quatro anos”.

Nos últimos dez anos, a empresa guardou “mais de 50 mil amostras de células estaminais e já libertou sete amostras para 12 transplantes que, em alguns casos, contribuíram para a cura de doenças potencialmente fatais”, de acordo com dados da Crioestaminal.

Com sede em Cantanhede, a empresa conta hoje com “mais de 50 mil clientes”.

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