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Concurso de docentes todos os anos cria “instabilidade” no Conservatório de Coimbra

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 14-04-2014

Cerca de 60% dos docentes do Conservatório de Coimbra têm que ir a concurso todos os anos, o que leva a “uma grande instabilidade” da escola na implementação das estratégias, afirmou hoje um responsável, defendendo uma maior integração no quadro.

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“É uma percentagem muito grande de docentes com vínculo anual”, referiu Jaime Barbosa, presidente do Conselho Geral da Escola Artística do Conservatório de Coimbra, sublinhando que “é muito difícil planear os projetos educativos a médio prazo” quando “os docentes estão sempre a mudar”.

Face a essa situação, o conselho geral será ouvido pela comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura na quarta-feira, para dar a “conhecer a situação” e sugerir “um mecanismo mais eficiente de concursos em que se possam integrar mais docentes” no quadro da escola.

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Um corpo docente estável, segundo Jaime Barbosa, está “mais presente e mais identificado com a escola e objetivos” da mesma, sendo também mais fácil “desenhar o programa para o ano letivo”.

Segundo o presidente do conselho geral, “nunca houve uma política de integração dos professores”, tendo sido estes objeto de “integrações extraordinárias”, através de medidas “avulsas” por parte do Ministério da Educação ao longo dos anos.

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No Conservatório de Coimbra, “há professores há 10 e 15 anos” a lecionar com vínculos anuais, criando dificuldades nas “vidas dos docentes” e na fixação dos mesmos no conservatório, assim como na própria educação artística dos alunos.

“Quando o professor pode mudar de um ano para o outro, isso cria constrangimentos para os alunos, que estão sujeitos a adaptarem-se a novas metodologias todos os anos”, aclarou Jaime Barbosa, recordando que na educação artística “a relação entre professor e aluno é muito importante”.

De acordo com o responsável, é necessário “uma política constante”, para que as escolas contratem docentes “em função das suas necessidades e do seu crescimento”.

A atual situação “não é confortável para quem dirige o Conservatório e para quem tem de pensar nas estratégias a aplicar”, frisou.

Para além da não integração de docentes no quadro, a própria autorização de concurso por parte do ministério “é demorada”, sendo os concursos lançados “tardiamente”, acrescentou.

 

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