Coimbra

Compra do Finibanco pelo Montepio: Coimbra no centro de eventual burla

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 08-11-2015

Um negócio imobiliário gorado em Coimbra pode levar o Ministério Público a abrir um inquérito à aquisição do Finibanco pelo Montepio Geral.

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VALE MEÃO

A notícia vem no Expresso desta semana, onde se pode ler os Procuradores estão a tentar perceber se houve burla qualificada e insolvência dolosa da Cityprofit, Lda.

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Há suspeitas que da “dissipação de património da Cityprofit, em benefício directo do Montepio, o que terá acontecido na altura da sua aquisição pelo Finibanco.

Como o semanário de Lisboa não adianta qual o projecto em causa, Notícias de Coimbra foi aos arquivos verificar que esta CITYPROFIT era o promotor de um mega empreendimento imobiliário na zona do Vale Meão, na envolvente  da Gouveia Monteiro, a  parte da via circular interna conhecida como Avenida do Hospital.

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Esse empreendimento foi desenhado pela Plarq, empresa que projectou o Estádio Cidade de Coimbra, entre outros imóveis  em Portugal, Brasil e Angola.

A mega urbanização com áreas para habitação, comércio e serviços andou nas bocas do mundo conimbricense no final da última década,  mas como não chegou a obter o necessário licenciamento por parte da Câmara Municipal de Coimbra,  deixou de ser notícia local.

Apesar de nunca ter saído do papel, segundo o Expresso, havia prédios hipotecados ao Finibanco pela Cityprofit, que entretanto foi declarada insolvente.

O semanário adianta que o  DIAP de Viseu  começou a mexer-se depois de ter recebido denúncias de uma das sócias da promotora, mas não adianta o nome de da denunciante.

Notícias de Coimbra apurou que a CITYPROFIT. Lda foi fundada por António da Silva Maurício e mulher, em 21 de agosto de 2008, tendo mudado a sede para Oliveira de Frades em 22 de dezembro de 2009.

Nessa data o capital social  de 5000 Euros da  CITYPROFIT Lda passou a ser repartido pela  PRESTIGE,  SGPS, S.A, VILÕES, LDA, ESTIA – SGPS, S.A. e  SOGICAIMA, S.A.

Na mesma ocasião foram designados gerentes José Melanda Pucarinho, Manuel Delfim Jorge Machado de Bessa Monteiro
e Eduardo Belmiro Torres do Couto que foram renunciando à gerência.

Em 2012  foram nomeados como gerentes Miguel Jorge Gomes Tavares de Almeida, Carlos Alberto Cardoso Rodrigues Beja e Inês Filipa Simões Serra, que posteriormente também renunciaram à gerência.

A Vilões, uma das sócias da Cityprofit,  ficou famosa em Coimbra por causa da construção de uma vivenda  na outra encosta da Avenida Gouveia Monteiro.

O escândalo, que se arrastou  pelos tribunais, levou mesmo ao embargo do empreendimento, depois de as obras ilegais de acesso à mesma terem provocado um deslizamento de terras na avenida junto a Coselhas.

Recordamos que  como um dos mentores da Vilões encontramos Jorge Tavares de Almeida. Este jurista, que foi professor da Faculdade de Direito, tem laços de parentesco  com antigos acionistas do Finibanco, onde chegou a estar na administração. Foi ele que, sendo que considerou estratégico, deu a cara protestar quando a Câmara Municipal de Coimbra entendeu interromper o que estava a fazer na mais famosa e enigmática vivenda da cidade.

Entretanto, Notícias de Coimbra apurou que Vilões, cuja sede era  em Vale de Cambra (terra dos Costa Leite fundadores da VICAIMA e do FINIBANCO , alterou a sua designação. Agora chama-se APICULA e tem sede na Estrada de Coselhas, em Coimbra.  O presidente do Conselho de Administração é Miguel Jorge Gomes Tavares de Almeida (filho de Jorge).

A família está envolvida na construção do “hotel  de charme” Ibn Arrik hotel, na Alexandre Herculano, em Coimbra. A Dyra Arqueologia, outra das suas empresas, em processo de insolvência, guarda no seu sótão 155 esqueletos encontrados no Algarve.

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