Durante três dias (de 23 a 25 de julho), no centro de congressos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), assessores e conselheiros regionais da OMS dos cinco continentes vão debater o papel que os Estados, as organizações e os profissionais de saúde, assim como a sociedade civil, podem ter na redução das desigualdades no acesso à saúde.
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É a primeira vez que os Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia se reúnem em Portugal.
O evento, que conta com o patrocínio da Direção-Geral da Saúde, é organizado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) e pela Rede Global dos Centros Colaboradores da OMS para Enfermagem e Obstetrícia.
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Para Aida Cruz Mendes, vice-presidente da ESEnfC para a área científica e membro da organização da Conferência, «a Enfermagem pode oferecer serviços de proximidade às populações e ajudá-las a melhorar o acesso» à saúde.
Porém, «há indicadores que mostram a existência de défices na oferta de cuidados de Enfermagem às populações», sublinha a professora coordenadora da ESEnfC, ao apontar algumas situações que vêm condicionar o igual acesso aos cuidados de saúde. A título de exemplo: a falta de informação, de recursos financeiros e de conhecimentos para que os cidadãos possam escolher e saber usar o sistema de saúde.
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Fernando Amaral, outro professor da ESEnfC responsável pela organização do encontro, afirma mesmo: «Atrevo-me a dizer que, neste momento, existem doentes a morrer por falta de cuidados de Enfermagem. Quando há úlceras de pressão, quando aumentam as infeções ligadas aos cuidados de saúde, quando a satisfação com os cuidados é menor, isso é, claramente, espelho dessa falta de profissionais qualificados».
A sessão solene de abertura da X Conferência da Rede Global de Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia, no dia 23, está marcada para as 17h30, com as intervenções de Maria da Conceição Bento (Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra), Isabel Amélia Costa Mendes (secretária-geral da Rede Global de Centros Colaboradores da OMS para Enfermagem e Obstetrícia) e Manuel Machado (presidente da Câmara Municipal de Coimbra).
Segue-se, pelas 17h45, a conferência de abertura, intitulada “O papel dos Estados no combate às iniquidades em Saúde”, a proferir pelo professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e ex-ministro da Saúde, António Correia de Campos.
Pelas 18h20, será feito o anúncio público da designação da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra como Centro Colaborador da OMS para Enfermagem e Obstetrícia, o primeiro na Península Ibérica, que será dirigido pela professora Ananda Maria Fernandes.
Realizar investigação e identificar modelos de boas práticas em Enfermagem e Obstetrícia, contribuindo para o compêndio da OMS Europeia, colaborar na organização e realização de reuniões internacionais, cursos de formação e workshops, fazer a divulgação e a tradução de documentos, são propósitos e obrigações dos centros colaboradores da OMS.
Nos dias 24 e 25 de julho são aguardadas as presenças do secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira, do diretor da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides, do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, da presidente do International Council of Nurses, Judith Shamian, do bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, da reitora da Escola de Enfermagem da Universidade da Pensilvânia, Afaf Meleis, e do diretor do Centro Colaborador da OMS para as Políticas de Pessoal de Saúde e Estratégias de Planeamento, Gilles Dussault.
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